Opinião

Opiniao 15 11 2018 7236

O segredo para obter performances extraordinárias nas empresas

Eduardo Shinyashiki*

O que as empresas que não atingem as suas metas têm em comum? Elas vivem em um ambiente no qual se prolifera a angústia, a ansiedade, o estresse, a perda de tempo, de foco e de improdutividade. Nenhum desses problemas surge do nada. Ao contrário, todos começam na forma de conflitos, de profissionais sem sinergia, com ruídos na comunicação e com gestores desintegrados com os seus times. Esses fatores impactam diretamente na falta de resultados e são frutos do despreparo dos integrantes da companhia para gerar relações humanas, tanto entre si quanto com os clientes.

Infelizmente, é comum identificarmos todas essas adversidades nas instituições – são os gargalos das metas que deveriam ser atingidas frequentemente. Com a mesma frequência, também podemos notar que a maioria das organizações tem todas as condições para que os resultados sejam atingidos, porém apresenta um custo operacional que se sobrepõe à capacidade de entrega. 

Estamos vivendo um cenário mundial em que, mais do que ter conhecimento técnico, tornou-se fundamental ter um profundo domínio sobre o impacto da comunicação em relação às atitudes, às motivações e ao desempenho das equipes e dos clientes. Mas o que pode ser feito para que os colaboradores sejam convergentes?

Quando todos compreendem o que cada um está buscando, o significado da união começa a fazer sentido para que, juntos, eles possam produzir um resultado que conduza à realização geral. É neste momento que o “estar junto” é importante, que a individualidade deve ser descartada. Entender que, unidos, todos são capazes de conquistar as metas e, principalmente, os contextos necessários para que os sonhos possam se tornar realidade é o principal segredo para criar equipes de alta performance.

A Formação Power Professional foi criada para oferecer ao profissional todas as soluções que ele necessita para ter performances extraordinárias, o poder de criar resultados e realidades que deseja e merece viver. Ao reunir diversas técnicas comprovadas pela neurociência para capacitar a pessoa com uma comunicação poderosa, o curso conduz ao empoderamento tanto na vida quanto na carreira, com um direcionamento preciso do seu sucesso profissional.

Viver a estratégia do sucesso é o segredo para alcançar os objetivos e superar as metas que estipulamos. Ao experimentar essa fórmula irá observar que a cada dia, você vai se apropriar mais do sucesso que merece. Essa é a principal diferença daqueles que alcançam as metas de quem fica no quase. Transforme os seus potenciais em poderes e concretize o que deseja.

*Mestre em neuropsicologia, liderança educadora e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional e pessoal. Com mais de 30 anos de experiência no Brasil e na Europa, é referência em ampliar o poder pessoal e a autoliderança das pessoas, por meio de palestras, coaching, treinamentos e livros, para que elas obtenham atuações brilhantes em suas vidas.

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Roraima: um barril de pólvora prestes a explodir

Flamarion Portela*

O Estado de Roraima, que outrora era conhecido como sendo um dos mais pacatos do País, local ordeiro onde a população podia sair tranquila às ruas, passear nas praças, sair para as festas com a família com tranquilidade, já não é mais como antes. Viramos um barril de pólvora prestes a explodir a qualquer momento.

Os índices são assustadores. Nos últimos dois anos, a violência cresceu consideravelmente em Roraima. Num levantamento feito junto à Folha de Boa Vista, jornal de maior circulação do Estado, nas edições de 2018, foi constatado que quase todos os dias houve alguma manchete relativa a crimes como homicídios, furtos, roubos, assaltos e violência no trânsito.

De acordo com a Polícia Militar, um dos principais motivos para esse aumento da violência em Roraima são ações de facções criminosas, que estão cada vez mais presentes nas unidades prisionais do Estado.

Entre as facções, o crime mais comum cometido pelos membros desses grupos é o tráfico de drogas, atividade que financia o crime organizado aqui no Estado e em outros pontos do País.

Chegamos ao ponto de termos assaltos à mão armada em agências bancárias, coisa que nunca havia ocorrido por aqui. Já foram dois nos últimos meses, sendo que o mais recente vitimou um policial militar à paisana, que tentou evitar a ação dos bandidos.

Também tem crescido o número de assassinatos, muitos deles envolvendo integrantes de facções criminosas.

Outro fator que tem colaborado para esses altos índices é o fluxo migratório em massa de venezuelanos para cá. Infelizmente, entre tantos migrantes que estão apenas buscando uma melhor oportunidade de sobrevivência, chegam bandidos de alta periculosidade do país vizinho, contribuindo sobremaneira para o tráfico de drogas, armas e, consequentemente, de homicídios e outros crimes em nosso Estado.

De acordo com dados da Polícia Militar, o número de ocorrências envolvendo venezuelanos cresceu mais de 130% de 2015 até agora. São crimes como assaltos, roubos e furtos que acontecem à luz do dia, mas, sobretudo à noite, vitimando pedestres ou mesmo quem está na “segurança” do seu lar. O objeto mais furtado são os aparelhos celulares. Diariamente, vemos nos jornais locais algum relato de crime envolvendo migrantes da Venezuela.

Para completar o quadro, apesar das constantes prisões efetuadas pela Polícia, grande maioria dos bandidos volta para as ruas após as audiências de custódia, sob a alegação de que não podem lotar as unidades prisionais com quem furta um celular ou com quem é encontrado com uma pequena quantidade de drogas.

Enquanto isso, nós ficamos à mercê dos bandidos, condenados a ficar trancados em nossas próprias casas.

*Ex-governador de Roraima

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Os sofrimentos não envelhecem

Ranior Almeida Viana*

Quem pôde ter lido o artigo neste espaço na última quinta-feira, percebeu que minha família passa por um drama familiar e que a “Angústia Interminável” teve fim no mesmo dia da publicação, infelizmente, foi constatado o óbito (ainda não sabemos a causa) ocorrido em 02/11/2018 da nossa Juliana Rayssa Mendes Porfirio, minha sobrinha.

Neste mundo material, ela deixa um pai (José Porfirio), uma mãe (minha irmã Lia Raquel), muitos familiares, amigos e as suas duas principais heranças que são Kalleu de sete anos e Arthur de dois aninhos.

Os sofrimentos não envelhecem e só cabe a nós apenas lidar com a saudade que não tem fim e, em especial, aos mais próximos da Rayssa, que possamos professar as nossas crenças e credos, pois tivemos que ter e nos dar forças nesses ú
ltimos quinze dias. E está chegando o dia mais duro que é a despedida daquela pessoa que nos fez sorrir tantas vezes.

Essas dores e perdas nos paralisam, lembro-me de que minha saudosa mãe dizia: “perder um irmão dói, perder um pai dói, mas não há dor maior que perder um filho”. Os pais de Rayssa precisarão de todo o nosso apoio para lhe dar com a dor da perda repentina de sua filhinha.

Cabe aqui um agradecimento às pessoas boas e prestativas que se doaram no desfecho desse pesadelo para a nossa família, ajudando de diversas formas, como a deputada estadual Lenir Rodrigues e a sra. Jamille, do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas em Roraima, as professoras do curso de Ciências Sociais da UFRR, Márcia Maria e Joani Capiberibe (foi uma das melhores que tive na graduação e sem saber que Rayssa era minha sobrinha não mediu esforços em ajudar), aos senadores da República Ângela Portela (RR), João Capiberibe (AP), Temário Mota (RR), sua assessora a sra. Jane, as Dioceses de Macapá (AP) e Caiena (Guiana Francesa), na pessoa da Noelline a Organização Internacional para as Migrações em Boa Vista – RR, na pessoa do seu Dedé Gomes (AP) a Associação de Desenvolvimento, Prevenção, Acompanhamento E Cooperação de Fronteiras Oiapoque-Guyane (que faz um trabalho extraordinário na fronteira e dentro da Guiana Francesa), Maj. Av. Solano Vila, novo chefe do Grupamento de Apoio de BV, Capitão Guerreiro e os Tenentes Hélio e Sonaly e Rikils também do GAP-BV, Itamaratye a todos familiares e amigos da Rayssa que, direta ou indiretamente, ajudaram com suas ações e orações.

*Sociólogo – CRP 040/RR. [email protected]          

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Colhemos o que plantamos

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Democracia é o regime que garante: não seremos governados nada melhor do que merecemos.” (Bernard Shaw)

E como só colhemos o fruto da semente que plantamos, vamos refletir sobre a nossa responsabilidade sobre os desmandos na nossa política. O Brasil está caindo na banca rota porque os maus políticos o empurraram para o buraco. E quem é responsável pelos maus políticos? Todos os que irresponsavelmente, ou por ignorância política ou por mau comportamento moral, os elegeram. O bem e o mal, e o bom e o mau, fazem parte do nosso procedimento. Então vamos aprender a proceder como cidadãos até que elejamos políticos verdadeiramente políticos, para cumprirem o dever cidadão. É bem verdade que ainda temos bons políticos, mas estes estão encortinados pelos maus políticos que na verdade não são políticos.

E só quando formos educados e instruídos politicamente, para a cidadania, é que seremos cidadãos. Faz alguns anos que encontrei um cidadão na entrada do fórum, aqui, em Boa Vista. Cumprimentamo-nos e ele me disse que estava indo registrar sua candidatura à prefeitura. Admirei-me por ele não ter nada de político; e ele me disse que não estava preocupado com isso. Que o que ele queria mesmo era a “Boquinha”. E, com certeza, você sabe o que significa a “Boquinha”. E infelizmente, ainda vivemos essa aberração. Políticos e eleitores ainda vêm à política como uma ‘maracutaia’ para o enriquecimento ilícito.

O que estamos vivendo atualmente na política não difere muito do que vivemos décadas e décadas atrás. E o que melhorou piorou. E ainda não aprendemos a melhorar. E não vai ser com briguinhas comadrescas e arrufos, que vamos mudar o rumo da história. O que interessa e importa é que aprendamos com os acontecimentos. São os erros que nos ensinam, quando sabemos aprender. Política é coisa séria e não deve, embora possa, ser vista como uma troca de benefícios. Chega de cretinices e roubalheira tanto nos nossos recursos quanto na nossa moral. Deixemos as birras pra lá, e vamos viver cada momento das novas administrações, observando, nelas, o que há de errado para corrigirmos nas próximas eleições. Mas que usemos o período como aprendizado cidadão. Vamos nos educar e nos instruirmos politicamente para que mereçamos a cidadania no voto facultativo. Não nos esqueçamos de que sem a educação política nunca seremos merecedores da faculdade do voto. Nunca deixe de cumprir seu dever de cidadão, deixando de votar. Senão os maus políticos manterão seu voto como uma obrigação e não como um dever; fazendo de você uma marionete dos ‘titeriteiros’. Pense nisso.

*Articulista

[email protected]

99121-1460