Opinião

Opiniao 12 12 2018 7369

Todo mundo morre um dia

Vera Sábio*

Todo ser vivo que nasceu, o único destino que não escapa, é a morte. Pois tudo que nasce morre e se transforma.

Para quem tem fé em Jesus Cristo que ressuscitou e nos ensinou que a morte não é o fim, mas o começo da vida eterna. Temos em seus ensinamentos esta frase acima, como conclusão e não uma afirmativa de qualquer jeito. Ou seja.

Sua vida eterna depende totalmente da sua passagem por este mundo, do que você fez por aqui, de como amou o próximo, de como respeitou a sua e a vida de todos que passaram pelo seu caminho, de como perdoou, julgou, enfim fez dos exemplos de Jesus, o aprendizado necessário para ser melhor. Afinal só é possível colher o que for plantado.

Sou um tanto repetitiva a respeito do plantio, algo que é tão obvio, mas infelizmente ainda tão distante daqueles ambiciosos, egoístas, corruptos e injustos. Afinal, se não fosse assim, se todos tivessem a certeza da morte, para que ajuntar tanto dinheiro, principalmente dinheiro desviado, dinheiro que poderia salvar na saúde pública, na educação, na segurança, no trânsito, e foram para bolsos indevidos, bolsos daqueles que morrerão. Afinal todos morreremos.

Estou refletindo neste texto, algo simples e que todos sabem, mas que poucos pensam a respeito.

Você e eu, e todos nós podemos em um piscar de olhos, morrer. A morte não avisa, ela não deixa preparado aquele que não irá existir amanhã. No entanto, há mais de 2 mil anos, Jesus em suas escrituras nos avisa, todos os dias vemos pessoas morrerem e deixarem sonhos, famílias, planos, estudos, trabalhos, toda uma vida.

Então o que nos falta para sermos melhores?

Se você pegou o que não lhes pertence, devolva, se ofendeu peça desculpas e não ofenda mais, se deve, pague, se precisa amar mais, abraçar mais, ser mais feliz e ser muito mais do que somente ter. Faça isso agora enquanto há tempo.

Pense quantos gostariam de ter feito diferente e não fizeram, agora, pronto morreram…

Pense aqueles que você queria ter abraçado mais e reclamado menos, queria ter visitado, mas dizia não ter tempo e deixou para depois e o depois simplesmente não chegou…

Aproveite o dia de hoje para viver como se fosse o último, até que isto se concretize, afinal exemplos não nos faltam e sofreremos bem menos se aprendermos com os exemplos do que com a vivência, porém, isso é uma decisão de cada um.

*Psicóloga, palestrante, escritora, servidora pública, esposa, mãe e cega com grande visão interna. Adquira meu livro: “Enxergando o Sucesso com as Mãos”. 95 991687731

Blog: enxergandocomosdedos.blogspot.com.br

ENERGIA DE ALTO CUSTO

Dolane Patrícia*

A Intervenção federal em Roraima vai resolver vários problemas, mas, a questão da energia elétrica ainda continuará sendo um pesadelo, principalmente no momento em que o consumidor receber a fatura de energia elétrica.

O Estado de Roraima precisa urgente de uma energia de qualidade. O Brasil possui muitos rios com grandes desníveis, uma das soluções mais econômicas para produzir energia é aproveitando a força das águas, construindo usinas hidrelétricas.

As usinas hidrelétricas produzem mais de 90% da energia elétrica consumida no Brasil. Elas dependem da água dos rios em níveis adequados em seus reservatórios para gerar energia.

Já parou para pensar como haverá um aumento no consumo de energia e na fatura com a chegada do verão?

Dessa forma, haverá um grande aumento no consumo de energia (na fatura nem se fala) e construir novas hidrelétricas significaria grandes impactos ambientais, pois tendem a alagar áreas extensas, alterando o ecossistema.

Quanto às usinas térmicas, elas têm um custo de geração bastante elevado e poluentes que são prejudiciais ao planeta, no entanto, funcionam como suplementação do sistema quando as hidrelétricas, por motivo de escassez de chuvas, não têm condições de gerar toda a energia de que o País necessita, por isso mais uma vez que se insiste na importância de resolver os problemas energéticos através da construção das torres do Linhão de Tucuruí.

Segundo o site enciclopédia livre, o SIN – Sistema Interligado Nacional – “é um sistema de coordenação e controle, formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da Região Norte, que congrega o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil, que é um sistema hidrotérmico de grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas e proprietários múltiplos, estatais e privados. Apenas 1,7% da capacidade de produção de eletricidade do país se encontra fora do SIN, em pequenos sistemas isolados localizados principalmente na região amazônica.”

Roraima é o único do Brasil em sistema isolado, uma vez que compra eletricidade hidrelétrica da Venezuela, mais uma razão para questionar os aumentos exorbitantes na fatura (é necessário procurar o PROCON, a justiça se for preciso, mas a população não pode manter-se silente).

Esse Sistema Interligado Nacional do Brasil é um sistema predominantemente hidrotérmico de grande porte, constituído de instalações de produção e transmissão de energia elétrica, todas interligadas, que atende cerca de 98% do mercado nacional de energia elétrica

O SIN foi criado para facilitar o intercambio de energia entre as regiões, diminuindo consideravelmente o risco de racionamento.

Já o ONS – Operador Nacional de Sistema Elétrico coordena e opera a geração, transmissão e energia elétrica do País, possui centros regionais para facilitar a integração com os agentes de geração e transmissão.

Após o sinal amarelo dado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em outubro de 2012 em função dos baixos níveis dos reservatórios dos subsistemas que abastecem a geração hídrica, diversas usinas termoelétricas por disponibilidade foram chamadas a operar.

A demanda por eletricidade está tão forte, que as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste bateram novos recordes, segundo o ONS.

É preciso ainda levar em consideração que o número de termelétricas instaladas no país e a capacidade de geração de energia por elas são bem superiores aos anos anteriores. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apenas em 2013 entraram em operação 4 mil MW, número recorde.

Esse recorde na geração termelétrica ocorre em meio à alta no consumo de energia provocado pelo calor intenso.

É necessário antecipar-se a problemas futuros que demandem ações mais severas ao sistema elétrico, evitando medidas mais rigorosas, como por exemplo, o racionamento involuntário de energia, através dos apagões constantes.

É um assunto muito interessante, porque, a estrutura atual do SIN facilita o intercambio de energia entre as regiões, sendo que no caso do NORTE e NORDESTE ocorre através das linhasde transmissão da Eletronorte.

Nós aparecemos como consumidores finais, aqueles que vão utilizar essa energia toda (pagando um preço absurdo) o que precisa ser feito com muita responsabilidade.

Considerando os absurdos aumentos na fatura de energia elétrica, a péssima qualidade em razão dos apagões a questão futura que precisa ser pensada, alertando as autoridades a levarem a sério a solução dos problemas que hoje impedem o Linhão de Tucuruí ser uma realidade.

A energia revolucionou por completo o modo de vida humano em todos os aspetos. Foi em 1879 que a energia foi usada pela primeira vez, deve ter sido uma alegria imensa… Imagino que a alegria tenha durado até o momento da cobrança da primeira fatura…  

*Advogada, Juíza Arbitral, Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia, pela UFRR Pós Graduada em Direito Processual Civil, Acesse: dolanepatricia.com.br – WhatsApp: 90911-3740

É difícil entender o fácil

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“O ser humano é o parasita mais monstruoso que existe sobre a terra, em razão dos crimes hediondos que pratica contra as leis naturais.” (Do livro Universo em Desencanto)

A dificuldade que o ser humano encontra em entender a Cultura Racional é exatamente a simplicidade. Parece monstruoso chamar o ser humano de monstro. Mas se amadurecermos e entendermos o assunto, tudo vai ficar mais simples. A televisão, nos últimos dias, fez um alarde infernal sobre a morte de um cachorro, espancado por um segurança. Está errado? Não, não está. O cara não deveria matar o cachorro. E não teria feito se entendesse que tanto ele quanto o cachorro são da mesma origem. Cada um no seu grau de evolução.

Na Cultura Racional aprendemos que não devemos matar a formiga. Por que matá-la? No entanto, se tivermos que matá-la não temos por que não matar. O que indica que ela vai voltar, num novo processo evolutivo. Simples pra dedéu. Mas, racionalmente, não devemos sair por aí, matando cachorros nem formigas. Mas se procurarmos entender o ensinamento racional, devemos ser racionais e pensarmos com racionalidade. Observe essa: a autoridade passa a manhã toda, procurando provas para condenar o segurança que machucou o cachorro. Ao meio-dia ele vai para casa, almoçar. No almoço ele come um bife gostoso. E nem se toca porque não imagina quantos milhares de vacas foram mortas, só naquele dia, para a autoridade comer aquele bife. Faça uma reflexão sobre isso.

Quantos milhões de galinhas são mortas, diariamente, pra você comer aquela coxinha gostosa? Pense nisso. E vai por aí afora. Cometemos atrocidades em todos os instantes. Matamos insetos, animais e até pessoas, o tempo todo. Depois nos benzemos e agradecemos a Deus por Ele ter nos dado o animal que matamos para comer a carne dele. Somos parasitas e monstros, ou não? Vamos acordar para o que somos e sermos mais racionais. Procurar nosso caminho para a evolução racional. É uma caminhada árdua. E tudo porque é muito simples. E o difícil é nos libertarmos dos grilhões dos que tentam, e conseguem limitar nossos pensamentos. O que nos torna títeres até mesmo de nós mesmos. Ainda não conseguimos libertar nossos pensamentos. Decoramos os que nos dizem que eles, os pensamentos, são nossos libertadores ou nossos torturadores. Tudo vai depender do que pensamos, porque não pensamos. E enquanto não nos educarmos, não conseguiremos sair desse balaio de caranguejos. Estamos sobre esta Terra há exatamente vinte e uma eternidades. Tempo mais do que suficiente para a liberdade que ainda não conseguimos conseguir. Pense nisso.

*Articulista

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