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BAR AMARELINHO 30 Anos na Historia de Boa Vista 1817

 BAR AMARELINHO – 30 Anos na História de Boa VistaMessias Monteiro de Souza – Gente da nossa gente.

O tradicional e histórico “Bar Amarelinho”, situado na Rua Professor Agnello Bittencourt, nº 545, entre as Ruas Serejo Cruz e Barão do Rio Branco, na área central de Boa Vista, completou 30 anos sob a direção de seu proprietário Messias Monteiro de Souza.

O nome do Bar foi escolhido quando o Messias foi ao Rio de Janeiro em 1975 e, no centro da cidade, na Cinelândia, foi almoçar com amigos e Irmãos da Maçonaria no Restaurante e Bar “Amarelinho” (fundado em 1921), ele gostou do atendimento e do nome. Daí, quando retornou à Boa Vista e comprou em 1985 o antigo comércio do senhor Sebastião Pinheiro (“seu” Pinheiro, como era conhecido), o Messias reformou o prédio e pôs o nome de: “Bar Amarelinho”, hoje uma referência turística, um local de encontro diário de amigos, onde a maioria já freqüenta há mais de 10 anos. E, há, ainda, aqueles que desde o princípio (1985), “bate o ponto” quase todos os dias, a exemplo do Professor Lourenço e tantos outros.

O Messias é muito querido e o bar se tornou uma “confraria” de amigos que, a cada ano, no primeiro sábado do mês de dezembro, se reúnem para comemorar o “Aniversário do Bar Amarelinho”. Eles mesmos se encarregam de procurar patrocinadores prá festa e de preparar a carne pro almoço que é oferecido no evento, enquanto outros cuidam da bebida e da venda das camisas alusivas à data do Aniversário do Bar. Neste ano de 2015 o “Amarelinho” completou 30 Anos, com a participação de centenas de amigos e dos seus familiares. E, mesmo com o detalhe de que: “Não há Garçom no atendimento”, cada um foi ao balcão e pediu ao Messias o que desejava.

No esporte, o Messias torce pelo o Vasco da Gama e, se quiser agradá-lo, fale bem do seu Time. E, se comentam que o time está em situação critica, via rebaixamento, ele rebate imediatamente: “Não estou nem ai, pro resultado. Vasco é Vasco, e estamos conversados”, responde o Messias com a sua eterna “gentileza” que lhe é peculiar.

O Messias Monteiro de Souza nasceu no dia 14/04/1944, no interior do Ceará, na cidade de “Itaiçaba” (palavra indígena, na língua tupi-guarani, que significa: “Passagem do rio das pedras”. Ele é filho de Manoel Monteiro Gondim e de Maria Eliza Monteiro de Souza.

Messias veio para Boa Vista em 1953, aos nove anos de idade, acompanhando seus pais. Aqui a família se reencontrou com os irmãos do senhor Manoel Monteiro (o João Monteiro Barbosa e Antonio Monteiro Barbosa, ambos trabalhando como barbeiros na Avenida Jaime Brasil e depois na Rua Sebastião Diniz). O seu tio, o “Antonio Barbeiro” trabalhou muitos anos com o amigo Tércio (ambos já são falecidos).

O patriarca da família, o senhor Manoel Monteiro, foi casado à primeira vez com a senhora Raquel. E, quando ficou viúvo, teve que cuidar dos 13 (treze) filhos. Anos depois, casou-se novamente, desta vez com a senhora Maria Eliza Monteiro de Souza, e com ela teve  21 (vinte e um) filhos, totalizando 34 (trinta e quatro) filhos. Pense numa família grande e o sacrifício em alimentar cada um, principalmente numa época em que Boa Vista não tinha órgãos públicos com atendimento social, e nem havia doação de livros, cadernos, fardas prá alunos, nem tampouco merenda escolar.

O Messias (hoje, dono do “Bar Amarelinho”) só freqüentou a escola por uma semana, porque o que o pai ganhava no trabalho braçal nas construções e o pouco que a mãe ganhava lavando roupas, não dava prá comprar os materiais escolares. Ou estudava ou trabalhava. E, o Messias passou vender “Rala-Rala” (espécie de picolé, tirado de uma barra de gelo com suco de frutas), andando por toda a Avenida Jaime Brasil.  Depois, e por mais de 20 anos, trabalhou como pedreiro na construção civil, o que o impediu de retornar aos bancos da escola Oswaldo Cruz, onde estudou por apenas 7 (sete) dias. Mas, ao longo da vida, até por necessidade comercial dos produtos que ele compra e vende, o Messias sabe muito bem ler e escrever e é muito bom nas questões que envolvam as quatro operações de conta.

O Messias é um bom amigo, prestativo, sincero e que todo dia abre as portas do seu Bar, recebe dezenas de clientes-amigos e só fecha quando o último quer voltar prá casa. O seu carisma é tanto que em todos os anos, o Aniversário do “Bar Amarelinho” – faz parte da agenda social de cada um dos amigos e é comemorado com uma grande festa. E, já acontece há 30 anos, no primeiro sábado do mês de dezembro. Neste ano, foi no dia 05/12/2015.

O Messias casou-se a primeira vez, com a senhora Maria Iolanda da Silva (e, tem os filhos: Rejane, Rosana e Rogério). E, na segunda vez, com a senhora Maria Helena da Silva (e, com ela, os filhos: Vítor, Mariana e o Vinicius da Silva Souza).

Hoje, homenageamos o comerciante Messias Monteiro de Souza – Gente da nossa gente, personagem da nossa História.