Jessé Souza

A grande fazenda e os peoes 5786

A grande fazenda e os peões

Muitas pessoas ainda não compreenderam a importância das eleições deste ano para o Estado de Roraima, que já mostrou ser terra boa para bandidos, principalmente os da política, que tentam de todas as formas ter o controle absoluto de tudo, eliminando os que podem atrapalhar seus objetivos ou contrariar aqueles que se acham acima da lei.

As eleições deste ano estão sendo tratadas como estratégicas por aqueles que tratam Boa Vista e o Estado de Roraima como uma fazenda de onde eles sugam todo o dinheiro e tratam os seus funcionários e assessores como peões ou capangas de sua propriedade. 

Apostando que tudo pode, esse pessoal está com a estratégia de ignorar qualquer liderança nativa, os políticos da terra, chamados no passado pejorativamente por seus capangas de “minhocas”. Querem passar o rolo compressor, apostando que o povo Macuxi é besta mesmo e que pode ser ludibriado por um bom marketing ou pela compra de votos às vésperas da votação.

Essa visão de que Macuxi é besta acaba sendo reforçada por espertalhões que aqui chegam e aplicam trapaças milionárias, sem temer a polícia e a Justiça, a exemplo do recente golpe imobiliário: bastou colocar uma farda da Força Aérea para ludibriar suas vítimas; assim como os políticos safados vestem suas melhores roupas nos institucionais da TV, nas peças publicitárias dos marqueteiros ou mesmo na voz mansa da enganação.

Assim como quaisquer golpistas, os políticos oportunistas apenas fingem que amam Roraima, pois nos feriados prolongados e recessos eles pegam o primeiro avião para bem longe, lá onde eles mantêm seus negócios e onde estão seus seletos amigos que igualmente ficaram ricos sugando recursos públicos e explorando a ingenuidade do povo.

Se pudessem, só viriam aqui para dar ordens aos seus peões e pegar dinheiro de seus capatazes, geralmente “testas de ferro” de seus negócios mantidos por meio do dinheiro público ou na base da propinagem com as empresas que eles trazem de fora para realizar obras milionárias.

É por isso que esse pessoal não quer liderança política local mandando nos seus latifúndios. Porque eles apostam que as pessoas já estão condicionadas à lavagem cerebral. Daí a importância de o roraimense abrir bem os olhos e a mente para o que está acontecendo, pois poderão entregar as chaves dos cofres públicos nas mãos de quem trata Roraima como uma “grande fazenda”.

*[email protected]: http://roraimadefato.com/main/