Polícia

Vítima de acidente na Cachoeira da Barata fala do susto que enfrentou e reabilitação

“Eu nasci de novo”, resumiu Glardenha

Passado um ano do acidente que vitimou a estudante de psicologia Glardenha Magalhães, 19 anos, de uma queda da Cachoeira da Barata, na Serra do Tepequém, município de Amajari (RR), a jovem conversou com a reportagem da Folha Web e contou detalhes do ocorrido que quase tirou sua vida, quando ela escorregou e caiu de uma altura de 15 metros, na manhã do dia 8 de janeiro de 2017.

“Não lembro bem do ocorrido, mas acredito que nasci outra vez. Meus amigos me contaram que fui olhar o abismo e acabei deslizando por me aproximar demais. O acidente não chegou a me abalar, verdadeiramente, porque não consigo lembrar direito da situação, mas hoje o meu estado de saúde é normal”, destacou.

A Serra do Tepequém é bastante frequentada por populares devido aos atrativos naturais da região. Glardenha disse que estava com amigos conhecendo a localidade. O acidente da moça resultou em ferimentos no corpo e ela desfaleceu ao bater a cabeça na rocha, sendo socorrida com urgência e dificuldade. Durante o socorro, uma rede foi improvisada como maca para retirar a vítima do local. Imagens da situação também foram divulgadas na internet.

O caso repercutiu nos noticiários de Boa Vista e comoveu a população que acompanhou com bastante aflição o acidente da jovem.

“Minha família sofreu muito com a notícia, mas nunca perderam a fé em Deus que eu pudesse me recuperar totalmente. Deus me salvou. Desde então, minha vida caminha normalmente após um ano de luta e positividade, mas posso ressaltar que no início da recuperação eu sentia fortes dores de cabeça, era uma situação de crise, além da dificuldade que tive para completar frases. Hoje, me sinto feliz e agradeço as pessoas que me encontram na rua e recordam a situação dizendo que rezaram por minha recuperação, além das visitações no Hospital ou na minha casa e mensagens de incentivo no meu facebook. Fico emocionada. Obrigada a todos que me ajudaram”, finalizou Glardenha.

Sobre o acidente, o Corpo de Bombeiros alertou das questões de perigo em locais de água doce. Segundo o tenente Assis Santos.

“Rios, cachoeiras e lagoas possuem pedras e vegetações no fundo da água que podem enroscar nos banhistas, além de fazê-los escorregarem, ou seja, é fundamental observar o chão onde pisa. Nas cachoeiras como a da Barata, por exemplo, no período em que ela está com o nível de água mais baixa é preciso olhar se existe lodo nas pedras ou mesmo areia nas partes em que não tem água, estas duas situações podem proporcionar escorregões, ocasionando graves acidentes”, disse.

Ele explica que existe uma falsa impressão de que esses lugares são menos perigosos para banhos e trilhas. Na verdade, locais de água doce e regiões de serras escondem grandes perigos se não houver cautela.

“O mais indicado é fazer os passeios onde você tem conhecimento da região, se é um lugar desconhecido, procure por um guia local. Dê atenção a vestimenta, um tênis adequados e roupas de mangas compridas, por que caso haja uma queda, o impacto será menor e você estará mais protegido”, disse.

O tenente também orienta para as pessoas jamais nadar após ingerir bebida alcoólica ou fazer alimentações pesadas.

“O álcool causa sonolência e déficit de atenção, além de deixar os movimentos mais comprometidos. Comidas pesadas também podem deixar a capacidade física mais restrita”, finalizou.