Cultura

Viajantes irão passar por três países

Viajar pela América do Sul é um dos sonhos da maioria dos motociclistas, conhecer novas culturas, línguas e costumes que só existem nessa região.  Essa será a meta de 2017 do motociclista Cesar Riva, membro do Roraima Motoclube, que dessa vez estará acompanhado de mais outros quatro viajantes, sua esposa Nilva e outros amigos que aceitaram o desafio de visitar parte do Brasil.

A viagem inicia nessa segunda-feira (02) e passará pelo Peru e Bolívia. Ao todo, oito mil e quinhentos quilômetros sobre duas rodas. “Nada melhor que começar o ano viajando. Melhor ainda de motocicleta. Como a BR 319 que liga Manaus a Porto Velho está intransitável, colocamos cinco motos em um caminhão que seguiu e chegou em Porto Velho há três dias. Lá as motos aguardarão nossa chegada dia 02 de janeiro”, contou Riva.

Serão cinco motociclistas, sendo dois com garupeiras. Todos os membros do Roraima Moto Clube. Depois de arrumar a bagagem nas motos, o grupo parte para Porto Velho, Rondônia e Rio Branco, no Acre, onde passam o primeiro pernoite depois de rodar 530 km.

“No outro dia sairemos cedo para Assis Brasil na fronteira com Peru para o trâmite de entrada no país e depois rodaremos até Puerto Maldonado, já no Peru, onde descansaremos depois de outros 580 km rodados no dia”, contou.

No terceiro dia, o plano é começar a subir a Cordilheira dos Andes rumo a Cusco. “Sabemos que pegaremos chuva e muito frio, inclusive com possibilidade de nevasca. A temperatura nesta semana caiu muito, chegando próximo de zero. Estamos levando roupas adequadas, mas  chegar lá vai depender das condições climáticas. A previsão é rodar outros 500 km neste dia e torcer para que ninguém do grupo sinta o Soroche ou mal da montanha, que é causado pelo oxigênio rarefeito a mais de 3.600 metros de altura”, relatou o motociclista.

Segundo o viajante, o quarto dia será destinado à aclimatação nas alturas e visitas à cidade história de Cusco, que já foi capital do Império Inca antes da chegada dos conquistadores espanhóis.

“No primeiro final de semana vamos rodar pouco mais de 70 km até Ollantaytambo e deixar as motos para seguir de trem até Águas Calientes, na base da montanha onde está Machu Picchu e onde ficaremos um dia a mais explorando o local. Eu já estive lá e estou voltando agora com a esposa e amigos”, disse.

O retorno de trem de Machu Picchu até Ollantaytambo para pernoite no outro dia e os viajantes seguem para Puno às margens do lago navegável mais alto do mundo a 3.831 metros acima do nível do mar, o Titicaca na fronteira do Peru com Bolívia.

“Em Puno vamos conhecer a comunidade Uros, que vive em ilhas flutuantes sobre o lago e que constroem as ilhas, suas casas e suas próprias embarcações com um junco que cresce às margens do lago conhecida como Totora”, conta emocionado.

Em seguida, os motociclistas irão à capital da Bolívia, La Paz. “A ideia é rodar pela Estrada Yungas ou Carretera de La Muerte, próximo de La Paz. Esta estrada de terra e pedras quando ativa, registrava em média 200 acidentes com pelo menos 100 mortos por ano. Hoje serve apenas para turismo e atender algumas pequenas comunidades que ali vivem”, contou.

Para voltar ao Brasil, o grupo passará por Corumbá na divisa da Bolívia com o Brasil, já no Mato Grosso do Sul. Segundo Cesar, durante a viagem eles irão se encontrar com outros motociclistas que passam pelo local. A aventura tem previsão para acabar no dia 24 de janeiro. Os interessados podem acompanhar por meio do facebook ou pelo blog americasobreduasrodas.