Cotidiano

Venezuelanos serão levados para novo abrigo

Espaço gerido pela Agência da ONU para Refugiados terá capacidade para mil pessoas, mas inicialmente apenas 200 serão abrigadas

Mais de 200 venezuelanos que estão vivendo na Praça Simón Bolívar, que faz a interseção das avenidas Brasil, Venezuela e das Guianas, serão levados nesta quarta-feira, 21, para um novo abrigo em Boa Vista. O local, que fica na avenida Carlos Pereira de Melo, no bairro Jardim Floresta, zona oeste, será gerido pela Agência das Organizações das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), com apoio do Exército Brasileiro (EB) e da Prefeitura de Boa Vista.

A área onde fica o novo abrigo chegou a ser utilizada pelo Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBMRR) para treinamento de soldados da corporação. O prédio privado foi alugado pela Acnur pelo período de dois meses e tem capacidade para 1.000 pessoas, mas, inicialmente, irá abrigar apenas mulheres grávidas, idosos, crianças e pessoas com necessidades especiais.

A Folha apurou que a ideia é que todos os estrangeiros que estão vivendo nas ruas de Boa Vista sejam levados para o abrigo da Acnur. A prioridade foi definida após um trabalho de cadastro e identificação das dezenas de famílias que vivem na Praça Simón Bolívar, selecionando assim as pessoas que estão mais expostas a vulnerabilidades. Homens e mulheres solteiras devem ser abrigados posteriormente.

O transporte da Praça Simón Bolívar até a unidade será feito a partir das 8h, por vans da Prefeitura. O Exército irá colaborar com a logística dos materiais estruturais e a manutenção das instalações, além de oferecer serviços de saúde aos imigrantes. “É uma operação conjunta. O gestor do abrigo é a Acnur e nós estamos colaborando. Duzentas pessoas é a capacidade inicial, mas assim que ampliarmos, todos serão tirados da Praça”, disse o comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, general Gustavo Dutra.

Segundo ele, na semana que vem estarão chegando contêineres que serão transformados em banheiros para aumentar a capacidade do espaço. “É um dos espaços, mas estamos trabalhando em outros. Esse estava em boas condições e com poucas obras de manutenção. Eu acho que a operação está andando bem, pois desde o início houve planejamento. Com certeza veio em boa hora, pois vai tirar esse pessoal da rua”, destacou. (L.G.C)