Saúde e Bem-estar

Um probiótico pode ser a chave para combater cólica em bebês

Produto já comercializado no Brasil é apontado por estudo mundial como aliado contra esse perrengue entre os pequenos

A cólica é uma das respostas mais frequentes a uma pergunta comum de pais e mães: por que meu bebê chora tanto? Agora a boa notícia: divulgada esta semana, uma revisão de quatro estudos anteriores, aponta que há um probiótico especialmente eficaz contra esse baita incômodo. E ele já está disponível no Brasil.

As pesquisas escolhidas para integrar a investigação foram realizadas no Canadá, na Austrália, na Polônia e na Itália. Todas analisaram os efeitos do chamado Lactobacillus reuteri, e de uma substância sem qualquer efeito (placebo). No total, 345 bebês com cólica foram incluídos.

Os pequenos que tomaram o remédio tiveram quase duas vezes mais chance de parar de chorar em comparação com os que ingeriram o placebo. As melhorias foram ainda mais evidentes entre crianças alimentadas com leite materno.

Essa é, aliás, a única dificuldade enfrentada pelo estudo. Entre os bebês que não são amamentados, não é possível dizer ao certo se a estratégia é tão eficaz assim. Trata-se de algo que, segundo os estudiosos, ainda precisa ser investigado.

A questão dos probióticos

Em resumo, probióticos são micro-organismos vivos que, uma vez dentro do corpo, atuam em benefício da saúde. Eles estão presentes em leites fermentados, iogurte, kefir e em suplementos, por exemplo.

Acontece que cada espécie desses bichinhos é associada a diferentes vantagens. O tal Lactobacillus reuteri já havia inclusive sido indicado pela ciência como possível alternativa às cólicas nos pequenos – mas só agora se consolida como resposta efetivamente válida para o problema.

Em artigo publicado no periódico Pediatrics, a líder dessa revisão de estudos mais recente, Valerie Sung, enfatiza que, entre os probióticos, o único com eficácia comprovada é, de fato, o Lactobacillus reuteri. Mas atenção: a dosagem ideal precisa ser indicada caso a caso, por parte de um pediatra.

Fonte: Saúde Infantil