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Turismo adaptado: Uma viagem à inclusão

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010), existem 500 milhões de pessoas no mundo que possuem algum tipo de deficiência, totalizando aproximadamente 24,5 milhões da população brasileira. Face a esse grande número, faz-se necessário um olhar voltado a tal público que nos últimos anos, tem demonstrado um número crescente de procura por férias.

Com a inclusão delas no mercado de trabalho, resulta no aumento do poder aquisitivo e, consequentemente, quando oportuno, sair do ambiente hostil e aproveitar as férias, assim como as pessoas que não possuem nenhum tipo de deficiência e, por meio das férias, buscam desfrutar através de atividades de lazer ou algo diferenciado que está fora de sua vida habitual.

O Brasil é um país rico possuindo vários roteiros a serem desvendados como também inúmeros atrativos com grandes potenciais por sua grande diversidade e empresas que em seus produtos e serviços. Elas divulgam a oferta da prática do turismo para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, mas grande parte desses estabelecimentos não possuem adaptações e itens de acordo com as normas de acessibilidade por falta de conhecimento de cunho científico e interesse da equipe gestora, tornando assim um ambiente inacessível.

Essa demanda, ao decidir realizar uma viagem, encontra várias dificuldades e percalços no momento de viagem, pois, as agências de viagens ofertam pacotes elaborados por uma visão generalizadora, ou seja, não se leva em conta a preocupação de planejar um pacote diferenciado com programações adequadas que atendam às necessidades do cliente com deficiência e cuja a finalidade seja garantir a satisfação de seus usuários. Existem também agências que possuem pacotes personalizados e objetivam atender as necessidades do cliente, porém, são poucas existentes no Brasil.

Frente a esse levantamento, a população brasileira, ainda não se adaptou com o conceito de inclusão para todos, pelo fato de o Brasil ser um país em desenvolvimento e encontrar-se em fases de avanços em todos os setores. Isso inclui adaptações de infraestrutura das edificações de uso público, instalações de rede hoteleira, entre outros meios onde há transição de demanda para deficientes. Algumas cidades turísticas brasileiras têm, adquirido interesse em tornar os espaços acessíveis para incluí-los em suas atividades, disponibilizando roteiros para o público com deficiência que queira desfrutar de atividades como Turismo Religioso, Turismo de Aventura, Turismo de Lazer, Ecoturismo entre outros segmentos.

 Acessibilidade no turismo é um movimento recente, mas já se viu a importância de criar condições para que as pessoas, com qualquer tipo de deficiência, participem das atividades de forma segura e plena. Defende-se que a implantação e a manutenção de ambientes acessíveis que perpassem pela tomada de consciência dos empresários do turismo, para que assim, imbuídos do verdadeiro significado de ambiente acessível, tenham o entendimento de que a inclusão envolve todo meio de facilitação para que o deficiente físico sinta-se capaz de interagir livremente com o ambiente natural e nele sinta-se um turista incluso.

As grandes capitais do mundo são ótimos exemplos na questão de acessibilidade as pessoas com deficiência. Quem já foi aos Estados Unidos, por exemplo, não reclama das cidades do país, que permitem maior independência. “A relação custo benefício compensa”, diz o analista de sistemas Fabio Ricci, que é paraplégico e já viajou para o Japão, Inglaterra e EUA. 

Outro roteiro muito procurado é o Canadá, que é considerado um dos melhores países para os cadeirantes passearem. 

No Brasil ainda não existe esse tipo de serviço. Mas mesmo com as dificuldades o número de turistas cresce a cada dia. As cidades mais procuradas são Fortaleza, Brasília e Curitiba. Na capital do Paraná, a maior parte dos ônibus está adaptada. Os resorts brasileiros também são indicados, porém, os bons exemplos ainda são poucos.

 Acesse: www.facebook.com/turismoadaptado e também o site http://www.ressoar.org.br para obter mais informações sobre turismo adaptado.

 Queremos agradecer ao apoio de nossa amiga Rebeca Costa Ferreira (Acadêmica de Turismo), por colaborar com este material sobre o turismo adaptado.

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