Polícia

Trio tenta matar adolescente de organização criminosa rival

Menor só não foi morto porque dois comparsas apareceram e atiraram contra os rivais

Não há limites para a seleção de membros de facções criminosas. Nos últimos meses, os adolescentes também estão sendo detidos na prática de crimes e acabam confessando que estão integrados à organização criminosa. Por conta do avanço da criminalidade, os menores também passaram a se enfrentar pelas ruas da Capital, na tentativa de ganhar território. Foi o que aconteceu na tarde do domingo, dia 25, na rua Rio Cotingo, bairro Professora Araceli Souto Maior, zona oeste da Capital.

A Polícia Militar (PM) foi acionada pelo Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) para atender uma ocorrência de disparo de arma de fogo, com vítima. Assim que chegou ao endereço, encontrou um menor caído no chão. Ele estava bastante ferido, com um corte na cabeça e muitas escoriações nos braços e pernas.

Apesar dos ferimentos, o adolescente estava consciente e explicou quem foram seus agressores e onde poderiam ser encontrados pelos policiais. Ele confessou que integra uma organização criminosa e que os indivíduos que o atacaram são de uma facção rival. Ressaltou que só não foi assassinado no meio da rua, porque dois rapazes que fazem parte da mesma facção que ele chegaram atirando contra os rivais.

Pelo menos dois disparos foram feitos, com revólver calibre 38, e um dos agressores do menor ficou ferido de raspão na perna esquerda. Durante as diligências, as equipes do 2o Batalhão da PM conseguiram apreender os menores, autores da tentativa de homicídio, na rua Rio Cotingo, enquanto o maior, foi localizado na rua Rio Maú, todas no mesmo bairro onde o fato ocorreu.

Os autores dos disparos, associados à facção do menor que sofreu o atentado, não foram achados pelos policiais. Eles provavelmente conseguiram se esconder no bairro São Bento, zona oeste de Boa Vista.

O adolescente ferido foi levado à Policlínica Cosme e Silva, no bairro Pintolândia, também zona oeste, e em seguida quatro envolvidos no crime foram conduzidos à Central de Flagrantes do 5o DP, para que o procedimento fosse lavrado pela autoridade policial. A delegada de plantão ouviu todos os elementos e decidiu elaborar o Auto de Prisão em Flagrante (APF) contra o maior e o Auto de Apreensão em Flagrante por Ato Infracional (AAFAI).

O maior permaneceu detido numa das celas da Unidade Policial aguardando audiência de custódia com a Justiça, que só foi realizada na manhã de ontem, dia 26, enquanto os menores foram encaminhados para a Delegacia Especializada para que adotasse os procedimentos legais. Eles foram encaminhados ao Centro Socioeducativo Homero de Souza Cruz Filho, onde ficarão à disposição da Justiça. (J.B)