Política

Telmário protocola denúncia contra Romero Jucá na PGR

Senador do PTB também dará entrada com denúncia no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar

O senador Telmário Mota (PTB) protocolou ontem, 30, denúncia contra o senador Romero Jucá (MDB) na Procuradoria Geral República, e dará entrada também no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, pelo cometimento de falta disciplinar.

A denúncia é motivada pela matéria publicada na revista ISTOÉ, que afirma existirem ligações entre o senador da República e um negócio bilionário para beneficiar uma gestora de fundos norte-americana na venda de imóveis da União.

O negócio bilionário, avaliado inicialmente em R$ 2,5 bilhões, teria tido ajuda do parlamentar, que teria trabalhado pela aprovação da Medida Provisória 759-A. Segundo a denúncia feita pela revista e repercutida pelo parlamentar na denúncia, de posse de informações privilegiadas, que teriam sido passadas pelo senador, as gestoras escolhidas teriam vantagem no processo de licitação.

A denúncia à PGR e ao Conselho de Ética leva em consideração que as graves acusações contra o Senador constituem indícios da prática de atividades ilícitas e desprestigiam o Senado e os seus membros.

“A denúncia feita pela revista é muito grave, gravíssima e caracteriza o tráfico de influência, então não se pode deixar isso na impunidade. Eu não vi ninguém no Senado se manifestar, então eu me manifestei e acionei a Comissão de Ética e também acionei o Ministério Público Federal. Romero Jucá está envolvido em todo tipo de escândalo. Não podemos deixar uma denúncia grave dessa ficar impune”, explicou Telmário.

OUTRO LADO – Em nota enviada por sua assessoria à Folha, o senador Romero Jucá explicou que acerca da matéria “O Esquema Imobiliário de Jucá”, publicada no site da Revista ISTOÉ, de 25 de maio de 2017, a revista agiu de forma irresponsável, publicando uma matéria especulativa e ofensiva a seu respeito.

“Não trato como líder do Governo de nenhuma questão de comercialização de imóveis da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) ou do Ministério do Planejamento. Desconheço qualquer processo de venda de imóveis da União e jamais tratei de nenhuma providência administrativa, ou que envolvesse reunião ou conversa com empresas interessadas na atuação da SPU. Não conheço ninguém da empresa Tishman Speyer, jamais me reuni com qualquer um dos seus membros ou tratei com a SPU sobre a venda dos imóveis referenciados na matéria. Como forma de reparar a acusação irresponsável, acionarei na justiça a Revista IstoÉ para que possa se responsabilizada por mais esse ato criminoso”.

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