Cotidiano

Telmário é pré-candidato ao governo

O senador afirmou que um dos motivos para disputar o governo é auxiliar o homem do campo que sofre com falta de estradas e financiamento

Com a proximidade das eleições, nomes aparecem no cenário político como possíveis candidatos a representações políticas nas esferas estaduais e federais. Um deles foi confirmado neste sábado, 6, pelo senador Telmário Mota (PTB) durante entrevista à Rádio Folha AM 1020. O parlamentar dá como certa sua pré-candidatura ao Governo do Estado nas próximas eleições.

Durante o programa Agenda Parlamentar, o senador informou que sua motivação de disputar o Governo do Estado se deu, entre outras razões, pela necessidade de apoiar o homem do campo, que sofre com falta de estradas para escoar sua produção e financiamentos para desenvolver o setor.

Segundo o senador, na época, o Território de Roraima era grande exportador de carne bovina, madeira e minério. Facilitadas pelas condições geográficas e climáticas, essas atividades de alto potencial econômico poderiam alavancar o trabalho do setor primário.

“Sem dúvida, poderia ser a grande fronteira agrícola do país, mas a corrupção foi corroendo, o favoritismo, o nepotismo, jogou o Estado no abismo, na contramão da história. A riqueza que temos na fronteira é muito grande e quando vamos ver, os produtos na feira são de fora”, disse Telmário. “Os produtores rurais não têm estrada, não tem energia, não tem o cadastro rural, não tem título de terra”, completou.

Outro motivo que teria movido a decisão de disputar o governo seria o combate à continuação ininterrupta de grupos políticos à frente do Estado e da Capital.

“Um desses grupos já ficou 30 anos à frente de Roraima. O outro já teve doze anos de governo. Roraima não pode ser de duas famílias e nós vamos apresentar um grupo alternativo”.

Para Telmário, a continuidade dos mesmos representantes e as parcerias firmadas com o Governo Federal determinam ações ineficientes para o desenvolvimento de Roraima. O senador ressaltou que tentou ajudar a atual governadora Suely Campos (PP) através de articulações no Senado Federal, junto com a então presidente Dilma Rousseff (PT) e demais representantes dos ministérios.

Apesar de ter votado a favor da saída de Dilma no processo de impeachment na segunda etapa da votação, o senador acredita que com a saída da presidente, a situação ficou pior para Roraima. “A Dilma conseguiu a liberação da Funai e do Ibama para auxiliar na questão energética. Só que quando ela caiu, o atual Presidente da República, Michel Temer, voltou atrás. As termelétricas são do PMDB, que não tem intenção de fazer este Estado prosperar”, declarou Mota.

O senador citou ainda a gestão da prefeita Teresa Surita, que também pertence ao PMDB. “Esse período de governo da atual prefeita não tem um projeto de desenvolvimento sólido. Na época do Iradilson Sampaio teve a Área de Livre Comércio. Se hoje temos shopping centers que empregam e ajudam a população, é graças a esse planejamento”.

PARCERIAS – Com relação às coligações para as próximas eleições, o senador informou que no momento, o momento é de conversas com outros partidos. “No momento estamos conversando com a Rede, o Partido Verde. Estamos na época de articulação”.

Sobre possível apoio a candidaturas ao senado, Telmário ressaltou que possivelmente deverá declarar apoio à reeleição da senadora Ângela Portela (PDT) e ao ex-governador Chico Rodrigues.

“As pessoas tem falado do Chico nas ruas, pedindo muito por eles e a Ângela, é uma pessoa honesta e fiel, tem compromisso com o Estado. O povo de Roraima que tiver amor a este Estado não pode eleger gente que não tenha este perfil”, finalizou.

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