Política

Telmário Mota pede licença do Senado e suplente assume hoje

Senador do PTB disse que vai se dedicar a campanha eleitoral em Roraima. Rudson Leite afirma estar motivado no combate a corrupção

A partir de hoje, 5, o senador Telmário Mota (PTB) está licenciado de suas atividades parlamentares por 120 dias. Ele retoma as suas atividades como senador da República logo após as eleições. Em seu lugar assume o administrador Rudson Leite, suplente de Telmário na chapa eleita em 2014 para o Senado. Rudson toma posse em sessão plenária do Senado ainda hoje. À Justiça Eleitoral, o suplente, de 54 anos, natural de Roraima, declarou ter patrimônio de R$ 700 mil.

O novo senador por Roraima é presidente estadual do Partido Verde e pré-candidato ao Senado. “Eu sou pré-candidato à reeleição, candidato ao Senado. Vou estar no mandato e pretendo concorrer ao Senado na coligação do senador Telmário Mota, que é pré-candidato a governador. Os candidatos da chapa seremos eu e Júlio Martins que vamos fazer chapa com Telmário Mota para o Governo”, disse.

Ainda em conversa com a Folha, Rudson afirmou que uma das suas batalhas será fazer respeitar o artigo 57 da Constituição Federal que afeta tanto o Congresso quanto as Assembleias Legislativas. “[A lei] diz que não pode haver reeleição para o mesmo cargo dentro da mesma legislatura para as mesas diretoras do Senado e da Câmara. Nos estados, os caras são eleitos para deputado aí se elegem pra Mesa Diretora e no mesmo dia fazem a reeleição”, comentou.

Para as Assembleias Legislativas, o novo senador quer criar uma lei federal que as abarque e impeça o mesmo político de se perpetuar na direção e facilitar o mau uso dos recursos públicos e propiciar a corrupção. “O orçamento da Assembleia é de mais ou menos oito por cento do orçamento do Estado, é muito dinheiro. Aí essa Assembleia começa a fazer atividades que não são da sua alçada. Ela tem que legislar e fiscalizar, mas começa a fazer atividades que são inerentes ao Executivo. Por quê? Porque é muito dinheiro”, declarou o presidente do PV.

Outro ponto será mudar de oito para 20 anos a penalidade na Lei Complementar nº 135, de 2010, a Lei da Ficha Limpa. “É uma punição que tira o político profissional. Se o cara tiver cinquenta [anos] e cometeu [improbidade], vai ficar até os setenta, se tiver quarenta vai ficar até sessenta. Então, oito anos é muito pouco, eu pretendo trabalhar pra mudar isso”, afirmou Leite.

Rudson afirmou ainda que discutirá com a Executiva Nacional do PV a pauta prioritária de caráter nacional que o Partido considera urgente defender no Senado. “Eu faço parte de um partido [que] a ética, a seriedade, o combate à corrupção é uma coisa permanente. Eu sou do Partido Verde. E o PV é um dos poucos partidos que a gente vê que não está envolvido em corrupção. Isso me orgulha muito e eu vou me posicionar como alguém muito afinado com o PV”, finalizou.

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