Cotidiano

Sindicato cobra equipamentos de proteção para enfermeiros

Os profissionais de enfermagem realizaram uma manifestação durante todo o dia de ontem, 31, em frente ao Hospital Geral de Roraima (HGR) para cobrar do Governo do Estado melhorias das condições de trabalho dos profissionais nas unidades de saúde, pagamento do salário dos servidores, além de uma resposta ao pedido de audiência com o novo secretário estadual de Saúde, Marcelo Batista, para discutir sobre o encaminhamento das solicitações, que abrangem as unidades da capital e interior.

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Roraima (Sindprer) Melquisedek Menezes, o objetivo principal do ato denominado “cumpra-se a lei” foi alcançado, uma vez que a população teve conhecimento da situação em que se encontram as unidades de saúde de todo o Estado, no acolhimento aos profissionais e aos pacientes que buscam atendimento.

“Mudou a gestão e os problemas continuam os mesmos, como a falta de equipamentos e medicamentos. Nada de novo aconteceu, a crise pela qual passa o setor de saúde em Roraima é vergonhosa, ao ponto dos próprios servidores se sensibilizarem e realizarem cota para a compra de medicamentos básicos para atender às pessoas mais carentes”, relatou.

Melquisedek acrescentou que a Enfermagem é regulamentada pela lei 7.498/2008, combinada com o Código de Ética 564/17, estabelecendo que é um direito do profissional se recusar a exercer suas atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal, ou que não ofereçam segurança aos profissionais, e a norma regulamentadora NR 32, a qual tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de segurança à proteção e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde.

“A lei já nos dá o resguardo de parar nossas atividades caso não sejam atendidas nossas reivindicações. Protocolamos os pedidos e nunca tivemos sequer uma resposta, ou sinalização de um diálogo para pontuar os casos de extrema necessidade, a exemplo o atendimento de procedimentos específicos em pacientes com doenças graves, sem o devido equipamento de segurança. Para não penalizar o atendimento à população, resolvemos por conta própria suprir esta demanda que é de obrigação do Governo estadual”, informou.

OUTRO LADO – Em nota, a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado esclareceu que, desde que assumiu a pasta, há 13 dias, o secretário estadual de Saúde, Marcelo Batista, vem se empenhando nas questões que precisam de uma solução imediata.

Já há uma audiência prevista para ocorrer ainda nesta semana com os representantes dos profissionais da enfermagem, na qual o secretário irá ouvir as demandas e repassar a eles as medidas que já estão em andamento para resolver as questões apresentadas. A Sesau entende que o sindicato é uma ferramenta importante para auxiliar na gestão, por isso, continua aberta para ouvir os profissionais.

Batista adiantou que sua prioridade no momento é reforçar o estoque de material e medicamentos em todo o Estado, para garantir que os profissionais tenham condições de executar a assistência da melhor maneira possível. (R.G)