Política

Servidores estaduais lotam galeria da Assembleia reivindicando PCCR

Aproximadamente 200 servidores assistiram à sessão com a finalidade de fazer pressão para que o PCCR seja aprovado

Os servidores públicos estaduais da Administração Indireta ocuparam as galerias do Plenário Deputada Noêmia Bastos, na Assembleia Legislativa de Roraima, para pedir apoio dos deputados na luta deles pela aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). 

“Estamos também reivindicando aos deputados que coloquem no orçamento e que façam sua parte, cobrando do governo para que encaminhe o PCCR para ser votado.

Vamos ficar aqui até o final do ano, direto, até ser aprovado, até porque tivemos uma conversa na semana passada com a governadora [Suely Campos], quando ela garantiu que enviaria os PCCRs. Estamos cobrando o que nos foi garantido, porque os PCCRs já passaram por todas as fases administrativas.”, explicou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima), Francisco Figueira.

Aproximadamente 200 servidores assistiram à sessão com a finalidade de fazer pressão para que o PCCR seja aprovado. Ocorre que o Governo do Estado ainda não enviou o Plano para o Poder Legislativo. A meta dos funcionários públicos é, durante toda essa semana, em que também será votado o Orçamento do Estado para o ano de 2018, acompanhar as sessões para que o plano seja incluso na Lei Orçamentária Anual (LOA).

O deputado George Melo (PSDC) usou a tribuna durante a sessão, para dizer que eles estão corretos em exigir a aprovação dos PCCRs. “Na casa da gente, quando gastamos nosso salário de forma desordenada, em menos de 10 dias não se tem dinheiro. Assim é que o Governo do Estado está fazendo”, disse o parlamentar, ao lembrar que os servidores esperaram três anos para o governo se organizar para aprovar o PCCR, e que a governadora mostra displicência quando não prevê recursos no Orçamento para honrar a folha de pagamento e o repasse do duodécimo aos Poderes.

O plano, conforme detalhou Figueira, beneficiará cerca de 600 servidores vinculados ao Instituto de Terras de Roraima (Iteraima), Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação (Iacti), Universidade Estadual de Roraima (UERR) e os da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (Aderr). Se aprovado, terá impacto financeiro de R$ 3,5 milhões. Isso porque o Sintraima aceitou a contraproposta do governo para que comece a vigorar em julho do próximo ano. “Queríamos que fosse em uma parcela e que começasse a vigorar em janeiro de 2018, mas aceitamos que seja em três parcelas, começando em julho. Então, o PCRR é muito viável porque o governo terá seis meses para se adequar ao novo gasto”, disse Figueira, ao ressaltar que essas são instituições estratégicas para o Estado.

O líder sindical avisou que se o PCCR não for aprovado este ano, os servidores vão retornar à assembleia geral aberta com indicativo de greve geral, para que a categoria decida a próxima estratégia. “Esse indicativo de greve geral está em aberto ainda, porque essa é uma assembleia continuada. Caso não haja entendimento, vamos definir com os servidores para pegar essa assembleia de greve geral e dar seguimento ao edital”, afirmou.

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