Cotidiano

Segunda etapa do exame foi mais tranquila, avaliam candidatos

Apesar das provas serem voltadas para as questões de exatas, como matemática e física, maioria dos jovens informou que primeira etapa foi mais cansativa

Aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) voltado para as questões de química, biologia, física e matemática iniciou às 11h30 da manhã de ontem, 12. A prova durou quatro horas e 30 minutos, uma hora a menos do que a primeira etapa realizada no domingo retrasado.

Um dos principais locais de realização de provas em Boa Vista, a Universidade Federal de Roraima (UFRR) promoveu a segunda etapa sem maiores ocorrências, informou a Polícia Militar de Roraima (PMRR), responsável pela segurança da avaliação.
No Bloco 2, por exemplo, somente um aluno perdeu a chance de realizar a prova por ter esquecido de levar a carteira de identidade. Outro aluno chegou à instituição sem as canetas com corpo transparente, conforme solicitado via edital do Ministério de Educação (MEC), porém, preferiu tentar pedir emprestado aos colegas candidatos do que sair da unidade.

Antes da avaliação, os amigos Eduardo Costa e Angélica Dias, ambos de 19 anos, informaram à Folha que estavam tranquilos com a segunda etapa, principalmente por já terem passado pela primeira experiência da avaliação no domingo, 5, voltada para as questões de língua portuguesa, estrangeira, artes, tecnologias da informação e comunicação, além de terem mais uma semana para se preparar.

Eduardo, que realizou o Exame para concorrer a uma vaga no curso de Medicina, disse que se sentia preparado por ter estudado desde o começo do ano. “Eu estudei, assisti às vídeos-aula, o que eu gosto bastante de fazer”, disse. “Também gosto de escutar música para relaxar e foi o que fiz antes da prova”, relatou.

Angélica, que fez o Enem para cursar Direito, disse que também se preparou desde o início do ano. “Estudei mais em casa, desde o início do ano, com apostila, vídeo-aula. Eu gosto mais de estudar desse jeito e também tem o custo dos cursinhos, que é alto”, afirmou.

APÓS A PROVA – A estudante do ensino médio Marliane Cabral, de 18 anos, fez cursinho preparatório no período matinal e noturno durante todo o ano para ingressar no curso dos sonhos: Direito. “Eu gosto muito de leitura e gosto de fazer as coisas das maneiras corretas, então é muito interessante para mim ler sobre as leis”, afirmou.

Apesar de ter mais dificuldade com as provas exatas, Marliane disse que se sentiu mais confiante com a segunda prova. “Eu fiz vários exercícios, aulão no cursinho, estava lendo e acompanhando os jornais todos os dias, mas a redação me pegou de surpresa, não era muito o que eu esperava”, disse. “No segundo dia, para mim, a parte de matemática e física foi muito difícil, mas estou mais confiante em Química e Biologia, que tenho mais facilidade”, acrescentou.

Já Cassila Soares, 19 anos, informou que fez o Enem para tentar o curso de Ciências Biológicas ou Direito. Sobre a prova, Cassila considerou a segunda etapa mais fácil. “A primeira eu achei bastante complexa e o tema da redação, que também foi surpresa, mas achei muito importante que o Enem trouxe um tema que realmente é para ser discutido. Não achei a segunda fase tão difícil. A primeira foi mais difícil e mais cansativa”, avaliou.

RORAIMA – O Enem foi realizado em sete municípios do Estado para 20.247 participantes. Do total de inscritos, 18.527 candidatos estavam inscritos para fazer as provas em Boa Vista, 492 em Rorainópolis, 410 em Mucajaí, 390 em São João da Baliza, 278 em Alto Alegre, 274 em Caracaraí e 146 em Bonfim. (P.C.)