Política

Segue indefinida reintegração de posse de área invadida do governo

Terreno que pertence à Codesaima está ocupado por centenas de pessoas na região do Água Boa, perto do Mafirr

Dois meses após cerca de mil pessoas ocuparam uma área às margens do trecho sul da BR-174, próxima à entrada do Matadouro e Frigorífico de Roraima (Mafirr), na região do Água Boa, de propriedade da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima), a reintegração de posse ainda não tem data confirmada para ser feita.

A informação dada pelo Tribunal de Justiça de Roraima é que, apesar dos mandados de reintegração de posse já terem sido expedidos para cumprimento, a data da reintegração ainda não foi confirmada. No último final de semana, um praticante de voo de ultraleve fotografou e divulgou em rede social imagens da invasão onde se vê um grande número de pessoas com veículos no local, além de tendas cobertas com lona.

A Codesaima informou que o pagamento das custas do oficial de Justiça referente à reintegração de posse contra os réus que estavam cadastrados no processo totalizaram um valor de R$ 750,00 e já foram pagas devidamente. “A Codesaima aguarda posicionamento da Justiça quanto aos demais ocupantes irregulares da referida área”, frisou.

A empresa também confirmou que as custas da reintegração foram devidamente pagas e o mandado de posse expedido e enviado para o oficial de justiça para o devido cumprimento. “O Governo do Estado não compactua com invasões de terras, pelo contrário, a atual gestão está promovendo o maior processo de regularização fundiária que Roraima já teve, com a titulação definitiva, o que vai alavancar o crescimento da economia”, destacou.

DESMATAMENTO – A Folha apurou que os invasores estão desmatando o local, que fica em uma Área de Proteção Permanente (APP). A ocupação desta e de outra área, próxima ao Haras Cunhã Pucá, no Cantá, gerou uma série de denúncias para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Invasão de Terras da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), de que a ocupação do local teria fins eleitorais visando à captação antecipada de votos para as eleições do próximo ano.