Cotidiano

Roraima tem 145 novos casos de turbeculose

Mais da metade dos casos teve diagnóstico tardio

De acordo com dados do Núcleo Estadual de Controle da Tuberculose, em 2016, foram diagnosticados 164 casos de tuberculose em Roraima, desses 145 novos.

Em metade dos casos a descoberta ocorreu no HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), o que representa um diagnóstico tardio, revelando o baixo desempenho da Rede Básica de Saúde, de responsabilidade das prefeituras.

Para discutir este e outros desafios relacionados ao assunto, a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) realiza nestes dias 22 e 23 de fevereiro, uma oficina sobre a doença. Os encontros ocorrem no auditório da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), das 8h às 12h e das 14h às 16h.

A oficina pretende reforçar as ações em relação à situação da tuberculose no Estado e apresentar o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública até 2035, que será lançado em março pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Controle da Tuberculose.

Na ocasião será entregue material informativo para realização da campanha, diretrizes e metas do plano para subsidiar os participantes para o desenvolvimento de ações e atividade inerentes ao controle da tuberculose.

Segundo a gerente do núcleo, Ângela Félix, os dados sobre a doença refletem uma realidade importante.

“Não sabemos se esses pacientes passaram pela Rede de Atenção Básica. São pessoas que poderiam ter iniciado o tratamento bem antes de a doença ter evoluído para um grau mais complexo, quando o paciente passa para um quadro mais vulnerável, às vezes até com a imunidade mais baixa, o que pode exigir cuidados mais específicos durante o tratamento”, explicou.

A tuberculose é fácil de diagnosticar, tratar e de curar, se tratada de forma correta no período mínimo de seis meses. Quanto mais tarde o diagnóstico, maiores as chances de óbito. Em 2016, duas pessoas morreram em função da doença. A faixa etária mais acometida é de 20 a 34 anos.

Os homens são as principais vítimas da doença. Dos 164 casos, 114 foram diagnosticados nos homens, enquanto 50 são referentes ao público feminino.

TUBERCULOSE – A tuberculose continua sendo mundialmente um importante problema de saúde, exigindo o desenvolvimento de estratégias de controle, considerando aspectos humanitários, econômicos e de saúde pública.

Apesar dos indicadores animadores em relação à tendência de queda na incidência e da mortalidade por tuberculose no Brasil, os números absolutos ainda causam indignação e trazem um desafio grandioso: no Brasil são 67 mil casos novos por ano, mais de 183 casos novos por dia, e morrem 4,400 mil pessoas por tuberculose, doença curável e evitável.

É uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, podendo ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração é o principal fator de transmissão. Quem está com tuberculose expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo.

Má alimentação falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da tuberculose.

Os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são: tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de três semanas, até chegar à maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue.

Cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração também são sinais que devem ser avaliados e suspeitos.

Com informações da Secom-RR

Publicidade