Saúde e Bem-estar

Roraima registra 14 casos de caxumba este ano

A doença vem registrando crescimento expressivo desde o ano passado

Publicada às 12h7; Atualizada às 13h29

Febre, calafrios e intensas dores musculares e de cabeça. Esses são os principais sintomas da Parodirite Infecciosa, popularmente conhecida como caxumba, uma infecção viral que pode trazer sérias complicações para a saúde, podendo em alguns casos levar à morte do paciente.

Somente nos primeiros três meses deste ano, 14 casos foram confirmados este ano. Os números por si só mostram que a doença vem registrando crescimento expressivo desde 2017. 

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), de 2015 até março deste ano, foram contabilizados 16 registros da doença em, pelo menos, seis municípios.

Em 2015, segundo a Sesau, foi confirmada uma notificação em Rorainópolis. Em 2016 não houve registro da doença. Já em 2017, foram sete casos, sendo 4 em Iracema, 2 em Uiramutã e 1 em Alto Alegre. Este ano, 8 registros foram confirmados, sendo 7 em Boa Vista e 1 no município de Cantá.

Já a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) confirmou 6 notificações para a doença na capital, nos três primeiros meses deste ano. Deste número, 5 foram em pacientes do Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) e 1 na Policlínica Cosme e Silva (PCS).

Segundo a Semsa, devido intensificação do fluxo migratória de venezuelanos e surgimentos de doenças até então erradicadas no país, as autoridades municipais passaram monitorar a Caxumba de forma compulsória, para que os casos começassem a ser reportados à Vigilância Municipal.

 

ESPECIALISTA REFORÇA CUIDADOS

De acordo com a especialista em saúde da família, Maria Vauliam, as crianças são as mais suscetíveis a doença. No entanto, há casos em que adultos também podem ser acometidos por esse tipo de enfermidade.

“A maioria dos casos ocorrem em crianças na faixa etária de 04 até 06 anos na idade, que a gente chama se ‘idade escolar’, onde há o maior nível de transmissão. O adulto, evidentemente pode estar sujeito a doença, dependendo do seu sistema imunológico. Se esse paciente é uma pessoa que tenha, por exemplo, uma anemia ou qualquer outra doença, pode estar sujeito a ser infectado pelo vírus, que é transmitido pelo ar”, comentou.

Além de cuidados básicos, como higienização e reforço na alimentação, a especialista relembra que a vacina de Tríplice Viral é considerada a melhor maneira de prevenir a disseminação da doença.

“Quando o paciente apresenta os sintomas, a primeira providência é levar essa paciente ao médico. Caso o diagnóstico seja positivo, essa pessoa precisa ser isolada, para que haja o bloqueio do vírus. Cuidados básicos como lavar as mãos e o consumo de alimentos saudáveis também ajudam a reforça o sistema imunológico das pessoas. Vale ressalta também que a vacinação continua sendo a melhor maneira de evitar que as pessoas fiquem doentes, pois ela diminui os riscos em 90%”, complementou.

 

SAIBA MAIS SOBRE A CAXUMBA 

SINTOMAS COMUNS: Inchaço nas glândulas salivares, febre, dores de cabeça, fadiga e perda de apetite. 

FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO VÍRUS: Vias aéreas (tosse ou espirro); Saliva (beijo ou bebidas compartilhadas); Toque em superfícies contaminadas (cobertores ou maçanetas).

FORMAS DE TRATAMENTO: Repouso (De duas a quatro semanas) e Medicação (Antiinflamatórios não esteróides e Analgésicos).

FORMAS DE PREVENÇÃO: Higienização (Evitar contato com superfícies contaminadas) e isolamento do paciente.