Cotidiano

Resolução da Caerr não ajuda moradores com tarifa social

O atual modelo de cobrança pela distribuição de água no Residencial Vila Jardim, no bairro Cidade Satélite, poderá sofrer nova alteração. Segundo moradores, são severas e devem ser alteradas as exigências para solicitar a ‘tarifa social’.

Disse o deputado estadual Odilon Filho (Patriotas), em entrevista ao programa Agenda Parlamentar da Rádio Folha 1020 AM, sábado, 09, que a bandeira da tarifa social foi levantada pelos moradores. O vereador Ítalo Otávio (PR) recebeu e repassou para a Assembleia, porque se tratava de um problema estadual.

Segundo Odilon, a demanda pela redução nos preços das tarifas de água e de esgoto para pessoas de baixa renda foi tratada politicamente. A governadora Suely Campos (PP) encampou a ideia e determinou que a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caerr) atendesse ao pedido.

Recentemente, a Caerr publicou a Resolução nº 02/2018. Mas, o resultado foi diferente do imaginado pelos residentes do Vila Jardim, como também pelos parlamentares.

“A Resolução saiu e lideranças dos moradores me procuraram dizendo que não dava para beneficiar ninguém com a resolução. O motivo seria a quantidade de critérios exigidos. Não era o perfil das pessoas, não só do Vila Jardim, mas da população de Roraima”, observou o deputado.

Segundo Odilon, entre outras exigências, a Resolução pedia a comprovação do consumo de energia dos últimos três meses e se o morador estava em dívida com a Caerr. “A energia não está relacionada ao consumo de água. Se inadimplente, o morador pode parcelar e pagar em várias vezes. Não justifica”, questiona.

Em razão do impasse, o deputado oficializou demanda à Caerr, pedindo adequações no documento. Então, o presidente da companhia, Danque Esbell, pediu de 10 a 15 dias para fazer as mudanças na Resolução.

“Ele [Danque] nos garantiu que ia fazer as alterações, falar com representantes dos moradores do Vila Jardim e o presidente do Conselho das Cidades. É uma situação que vai beneficiar muitas famílias. A exigência tem que ser pessoas de baixa renda, cadastradas em programas sociais através do Cadastro Único do Governo Federal”, ressaltou.

CANDIDATURA – Na entrevista, o deputado disse ser pré-candidato à reeleição e não se considera inelegível, como divulgado. O que houve – informou – foi uma ‘confusão’ pela rejeição das contas quando era prefeito de Caracaraí, pela Câmara Municipal e o julgamento das contas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Odilon anunciou que vai recorrer das decisões da Câmara Municipal de Caracaraí e do TCE-RR, e que já buscou formas de comprovar elegibilidade. “Eu requeri, eu estou tranquilo. Não há de se falar em dano ao erário, que indicaria um suposto problema no caso de uma segunda gestão”, frisou.

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