Cotidiano

Reajuste deve chegar semana que vem a consumidor de Boa Vista

Petrobras anunciou reajuste de 4,4% no preço do gás de cozinha; na prática, aumento deve ser de 11 centavos por quilo

Com a alta das cotações internacionais do petróleo, o preço da gasolina e do diesel nas refinarias não é o único a subir. A Petrobras anunciou um aumento médio de 4,4% no preço do gás de cozinha, que foi aplicado a partir de ontem, 5. Apesar de o anúncio ter sido feito há dois dias, o reajuste ainda não foi sentido no bolso do roraimense.

As revisões feitas pela Petrobras podem refletir no preço final, que incorpora impostos e repasses de empresas como distribuidores e revendedores. Em junho, o preço médio nacional cobrado dos consumidores pelo botijão de 13 kg era de R$ 68,77. A equipe de reportagem da Folha foi a algumas revendedoras para saber se o reajuste está valendo na capital. A maioria afirmou que ainda não foram informados pela distribuidora sobre a nova tabela de preços.

De acordo com o frentista João Alberto, responsável pela venda de botijões em um posto de gasolina no bairro Cinturão Verde, na manhã de ontem, 5, a venda de botijas estava efetivamente maior. “Ainda não houve reajuste nos preços, mas acredito que possa ter. O que percebi é que tem muita gente vindo comprar botijões. Eu ainda não fazia ideia do que estava acontecendo, no entanto, as pessoas comentaram que viram na TV sobre o aumento do gás e estão vindo comprar antecipadamente, a que mais sai é a de 13 quilos. Alguns clientes me perguntaram sobre essa questão, porém não soube responder”, informou.

O empresário Luiz Mendes, dono de uma revendedora de gás de cozinha, informou que somente a partir de segunda-feira serão implantados os novos preços nos botijões e que por enquanto Boa Vista continua com os preços anteriores às mudanças feitas pela Petrobras. “O coordenador da distribuidora me encaminhou uma mensagem a respeito do reajuste. De acordo com as informações dele, o aumento será de 11 centavos por quilo, ou seja, uma botija de 5 quilos, terá um aumento de R$ 0,55, a de 8 quilos será R$ 0,88 mais cara e assim por diante. Sempre que há algum reajuste, a distribuidora nos repassa com o aumento de 2%, o que vai equivaler a esses 11 centavos por quilo. Respondendo por mim, as alterações não serão grandes, porém pode existir lugares que aproveitem disso para elevar os preços acima do que foi pedido”, disse Luiz.

Para o eletricista Itamar Nunes, de 31 anos, o aumento é lamentável. “Eu fiquei sabendo que iriam aumentar o gás de cozinha. Acontece que a situação da população cada vez mais fica pior. O Estado é quem acaba ganhando em cima dos cidadãos, isso que está acontecendo é apenas mais uma forma de nos prejudicar”, afirmou.

O motorista Luiz Gorete também não gostou de saber do reajuste. “É algo que prejudica as pessoas. Podemos ver que nenhum funcionário público tem recebido aumento no salário, nenhum trabalhador recebe reajuste na sua renda, a não ser que seja para menos. Ou seja, não há benefício algum para a população, mas no que se refere em dificultar, sempre existe uma possibilidade, o que é ruim. Penso nos donos de restaurantes, nas donas de casa, mesmo que seja um aumento de onze ou dez centavos, há um prejuízo, não tem como negar”, lamentou o motorista.

Confira os preços atuais de botijões de gás em alguns bairros da capital:

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