Cotidiano

Quase 10% da população está desocupada

Percentual, referente ao quarto trimestre de 2017, é estável se comprado ao mesmo período do ano anterior

Os dados do quarto trimestre de 2017 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) trimestral, divulgada no início desta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que a taxa de desocupação foi estimada em 9,4%, o que significa que 20 mil pessoas estavam desempregadas. Esta estimativa apresentou aumento de 0,5 ponto percentual em comparação com o terceiro trimestre de 2017 (8,9%) e permaneceu estável frente ao quarto trimestre de 2016 (9,2%).

De acordo com o Supervisor de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE em Roraima, Liezer Hernandez Pino, o comparativo referente à distribuição das pessoas desocupadas em Roraima obteve o seguinte percentual por faixa etária: de 18 a 24 anos (38,1%) e de 25 a 39 anos (36,9%). “Este resultado continuou a apresentar patamar superior ao estimado nos outros grupos etários. Este comportamento foi verificado tanto para o Brasil, quanto para cada uma das cinco Grandes Regiões, onde a composição dos dois grupos etários oscilou entre 32,1% no Sudeste e 36,7% no Norte para o grupo de 18 a 24 anos, e entre 30,5% no Sul e 38,2% no Nordeste para o grupo de 25 a 39 anos”, detalhou.

A pesquisa não aponta diferenças significativas na taxa de desocupação entre homens e mulheres em Roraima. No período que está detalhado no comparativo, a taxa foi estimada em 9,2% para os homens e 9,6% para as mulheres. Lembrando que a taxa total para Roraima, neste período, engloba o percentual de 9,4%. “Como podemos perceber, os números em relação a homens e mulheres estão praticamente empatados, não tendo uma diferenciação muito expressiva. Ao contrário de outros Estados, em que a maioria dos desempregados continua sendo do sexo feminino, a exemplo da pesquisa nacional que detalha a taxa de desocupação mais forte entre o gênero feminino, o qual obteve um percentual de 13,4% contra 10,5% entre os homens, em que podemos analisar que a presença masculina ainda é mais forte no mercado de trabalho”, disse.

Outro dado que deve ser destacado como referência, segundo o supervisor de documentação, é que 56,2% das pessoas desocupadas em Roraima tinham concluído pelo menos o Ensino Médio. Cerca de 16% não tinham concluído o Ensino Fundamental. Aquelas com nível Superior Completo representavam 12,3%. A Região Sudeste apresentava a maior proporção de pessoas desocupadas com Ensino Superior completo (11,8%), seguida da Centro-Oeste (10,8%). Englobando os dados nacionais, é obtido o seguinte percentual: aqueles que têm Ensino Médio incompleto estão com a taxa de desocupação fixada em 20%, contra 6,2% para os profissionais com curso superior.

Já em relação ao percentual da população ocupada em Roraima, foi estimada em 197 mil pessoas, composto por 67,7% de empregados (incluindo empregados domésticos), 3,7% de empregadores, 26,4% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,3% de trabalhadores familiares auxiliares. Nas Regiões Norte (32,2%) e Nordeste (28,7%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões. (R.G)

Número de servidores públicos aumentou em um ano

Os dados da pesquisa PNAD apontam que o Estado de Roraima ocupava, no quarto trimestre de 2017, a 20º posição no ranking nacional em relação a taxa de desemprego no país. O estado onde o desemprego foi mais alto no fim de 2017 é o Amapá, seguido de Pernambuco e Alagoas. Já Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tiveram as menores taxas.

Por outro lado, a pesquisa aponta uma expansão forte dos trabalhadores autônomos, que em Roraima passou de 44 mil no mesmo período de 2016, para 52 mil em 2017. Em relação aos empregados no setor público, também ocorreu um crescimento de 47 mil em 2016, para 53 mil em 2017.

“No 4º trimestre de 2017, 63,2% dos empregados do setor privado em Roraima tinham carteira de trabalho assinada e 36,8% não tinham. Entre os trabalhadores domésticos roraimenses, a pesquisa mostrou que 15,4% deles tinham carteira de trabalho assinada e 84,6% não tinham. Já em relação ao o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês em Roraima, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.146. Houve um aumento tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.056) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.090)”, avaliou Liezer. (R.G)