Cotidiano

Produtor aposta em plantio no lavrado

A cada dia, produtores demonstram na prática a viabilidade do lavrado em diferentes culturas

O sonho do produtor, Adão Barros Morais, mais conhecido como Paulista, de ter sua própria terra e investir no plantio de culturas variadas, iniciou há 19 anos quando chegou a Roraima, e fez o primeiro plantio de hortaliças em estufas na região de Monte Cristo.

De imediato, plantou alface, e como as estufas eram novidade nesta época, após iniciar este projeto começou em sociedade já no ano de 2000, o plantio de 10 hectares de maracujá, mamão, acerola, macaxeira e melancia – ainda na região do Monte Cristo. Mas, seu objetivo sempre foi ter o próprio lote e investir em culturas de ciclo curto, adotando técnicas que garantissem melhor aproveitamento do solo, e pudessem também consorciar com outros plantios, oportunizando melhor rentabilidade.

“Cheguei então na região do Água Boa em meados de 2001 e inicialmente trabalhei em uma área em sociedade, onde iniciei o cultivo de 11 culturas, desde hortaliças a fruticultura. E foi nessa época que ganhei meu apelido de “Paulista”, pois com a introdução de variedades de maracujá, com sementes que trouxe de São Paulo, consegui uma variedade diferenciada a qual teve uma boa aceitação no mercado, e assim comecei a distribuir nas feiras e nos atacadistas, o maracujá regional era vendido como se fosse importado de São Paulo, e assim no ramo atacadista fiquei conhecido como Paulista”, detalhou.

Após o sucesso da produção de fruticultura e de hortaliças em 2003, por iniciativa própria Paulista decidiu desfazer a sociedade e partir para a compra de uma terra na mesma região da Água Boa, e de imediato conseguiu 10 hectares, onde inicialmente apostou no plantio de cebola, sendo um dos pioneiros na região no plantio, que lhe rendeu 68 toneladas em um hectare.

“A exemplo do maracujá em uma de minhas viagens a São Paulo, na região de São Carlos, buscando técnicas modernas de plantio de culturas de ciclos curtos para o lavrado, me apresentaram oito tipos de sementes variadas de cebola, as quais precisaram ser testadas em nosso solo, com as devidas correções e adaptações ao nosso clima. De imediato uma das variedades teve um bom aproveitamento a um custo de produção razoável, e assim com o plantio em um hectare conseguimos colher cerca de 68 toneladas. Um feito inédito, sem contar que após foi possível consorciar outras culturas com o mesmo padrão de rendimento, já que a área já estava preparada”, disse.