Cotidiano

Dia D de vacinação não alcança meta

Em Boa Vista, somente 4.380 crianças foram vacinadas contra o sarampo, um número equivalente a 18,71% do que era esperado

O dia D de mobilização contra o sarampo e a poliomielite, ocorrido neste sábado, 18, foi marcado pela pouca presença de pais e crianças em pontos de vacinação. Em Boa Vista, somente 4.380 crianças foram vacinadas contra o sarampo, um número equivalente a 18,71% do que era esperado, e 5.910 contra a pólio, representando 25,25% do que era aguardado na capital. 43 pontos de vacinação foram disponibilizados na cidade. A campanha segue até o dia 31 de agosto.

De acordo com a superintendente de vigilância em saúde na capital, Francinete Rodrigues, a baixa procura pelas vacinas é preocupante, e que novas estratégias serão estudadas para que haja maior cobertura vacinal no município.

“Precisamos alcançar nossa meta de 95% de todos os jovens entre 6 meses a 14 anos, no caso do sarampo. Além da faixa-etária de 1 a 5 anos, com a vacina da poliomielite. Por isso, estaremos nos reunindo para ver que medidas podemos tomar após o ocorrido. Ver como podemos mudar a divulgação ou a acessibilidade das vacinas”, explicou.

Francinete destacou que houve uma queda significativa na procura dessas vacinas em relação ao ano anterior, e fez um apelo para que os pais verifiquem a situação vacinal de seus filhos nas Unidades Básicas de Saúde da capital.

“A pólio sempre teve uma boa procura. Esse é um ano atípico, na qual houve uma queda da procura tanto desta quanto da tríplice viral. Nós pedimos para os pais que tenham compaixão de seus filhos e os levem para verificar a situação vacinal. Essa queda na procura é drástica, e medidas precisarão ser adotadas”, afirmou.

Segundo a auxiliar de secretaria, Janesmara Alcântara, que levou seu filho de três anos para ser vacinado, é importante levar em consideração que além da prevenção contra a poliomielite e o sarampo, essa foi uma oportunidade de checar a situação vacinal de seu filho como um todo.

“Meu filho se vacinou para pólio, que estava com uma dose atrasada. Em outras campanhas, quando chegávamos aos postos de saúde, os lugares sempre estavam cheios. Mas hoje foi muito tranquilo. Até o fato da campanha ser realizada no sábado, dia de folga para a maioria das pessoas, deveria ser um fator para contribuir com um maior movimento”, afirmou.

A coordenadora da Macro 3, que abrange bairros como Dos Estados, São Vicente e Centro, contou que um fator que contribui para a pouca movimentação pode ser justamente a enorme acessibilidade da vacina, que pode ter feito a população relaxar.

“As vacinas estão acessíveis em vários pontos, incluindo os shoppings. Já fizemos ações na qual visitamos casas, para checar a situação de moradores de bairros mais afetados. Eu vejo que a maior movimentação no meu setor ocorreu no São Vicente, por ser próximo de abrigo de refugiados. Mas vejo que a baixa procura é porque as pessoas relaxam após tanta campanha, e tantas oportunidades de se vacinar”, explicou.

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