Polícia

Preso morre em cela da Cadeia

A polícia investiga a participação de colegas de cela da vítima que pode ter sido morta por asfixia

O detento Jairo Caldeira Lima, 42, conhecido como ‘Caboco Jairo’ foi encontrado morto, na tarde de sábado, dia 17, na Cadeia Pública de Boa Vista. O corpo foi localizado na Ala 7 do Bloco B, por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar durante buscas no presídio estadual.

Conforme apurado pela reportagem, Jairo pode ter sido morto por asfixia, uma vez que apresentava marcas no pescoço. Ainda não há confirmação ou identificação dos suspeitos envolvidos na morte do detento.

A reportagem apurou também que durante exames no Instituto Medicina Legal de Roraima, a equipe médica constatou uma hemorragia intracraniana, porém o laudo oficial deverá ser liberado apenas para família e para a polícia.

Segundo a Divisão de Inteligência e Captura (Dicap) da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), a vítima cumpria pena por tráfico de drogas e homicídio. O IML foi acionado para fazer a remoção do corpo e a Delegacia Geral de Homicídios (DGH) acionada para investigar as causas da morte e identificar os presos que estavam com o morto dentro da cela.

Após o anúncio, a direção do presídio decidiu fazer a contagem e revista nas celas dos detentos, onde foram encontrados 10 celulares escondidos em celas da Ala 8.

“Os presos que saíram da Ala estavam agitados. A equipe de agentes da Cadeia Pública que estavam de plantão desconfiou da agitação dos reeducandos. Após realizarem buscas minuciosas nas celas localizaram os aparelhos. Será feita uma investigação para apurar a quem pertencem os celulares”, informou a Sejuc.

O corpo de Jairo Caldeira foi liberado pelo IML na manhã de domingo, 18, para velório e enterro.

Sejuc – Sobre a suspeita de homicídio a Sejuc (Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania) informou em nota que o IML (Instituto Médico Legal) ainda não divulgou o laudo cadavérico, não havendo como afirmar se foi homicídio.

Caso o laudo indique o assassinato, as providências de praxe serão tomadas, para indiciamento do autor ou coautores. “Todos os presos que estavam na cela onde Jairo foi encontrado, foram identificados para posterior apuração desse caso”, acrescentou a nota.