Cotidiano

Pela terceira vez, Parlamento Amazônico é presidido por um deputado de Roraima

Em entrevista ao Programa Agenda da Semana, da Rádio Folha AM 1020, no domingo, 18, o deputado estadual Coronel Chagas (PRTB) falou sobre o Parlamento Amazônico, para o qual foi eleito como presidente, tornando-se o terceiro político de Roraima à frente da entidade. Ele explicou a importância do trabalho para o desenvolvimento econômico de Roraima e dos demais estados da Amazônia que compõem a organização.

O Parlamento Amazônico é formado por 251 deputados estaduais dos nove estados que compõem a Amazônia Legal brasileira: Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Tocantins. O grupo foi criado há 20 anos na conferência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos (Unale), com o objetivo de defender os interesses econômicos e sociais da região.

Em anos anteriores, o Parlamento foi presidido por dois deputados de Roraima, Messias de Jesus e Airton Cascavel. Chagas, eleito para liderar o grupo na 21ª edição da Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos (Unale) destacou que o principal objetivo da instituição é defender os interesses dos Estados e garantir o desenvolvimento dessas regiões.

“Durante anos os estados da Amazônia foram submetidos aos mandos e desmandos de órgãos ambientais e ONGs que criaram parques nacionais de preservação, reservas indígenas, engessando o desenvolvimento econômico. O parlamento trabalha justamente para reverter isso e defender as bandeiras da região amazônica”, declarou.  

O deputado frisou que todo empreendimento que se pretende lançar em Roraima encontra uma série de barreiras que não tem em outras regiões, como questões ambientais, indígenas e insegurança fundiária. “Individualmente as bancadas de cada estado vão atrás de resolver esses problemas nos Ministérios, no Congresso Nacional, junto a Presidência da República, mas eles perceberam que não era tão eficaz ir com os deputados de suas bancadas federais postular a resolução de algum problema”, disse.

Com a união de todos os estados da Amazônia Legal, que integra o Maranhão e o Mato Grosso, somam 251 deputados estaduais. “Teríamos uma força considerável, pois seriam nove estados brasileiros, ou seja, um terço dos estados do Brasil e 28% dos deputados estaduais, lutando diretamente pelos interesses de suas regiões”, disse.

RORAIMA – Com relação a Roraima, o deputado destacou que o parlamento irá lutar pela interligação do Estado ao Sistema Integrado Nacional (SIN) de energia, por meio do Linhão de Tucuruí e pelo fim do fechamento da fronteira com o Amazonas após as 18 horas. Além disso, também lutar pela redução das áreas de reserva para a instalação de qualquer empreendimento. “Já somos um Estado com muita terra preservada”, disse.