Polícia

PM prende família inteira que traficava no bairro Santa Luzia

Até uma criança de dois anos morava na casa, que servia de boca de fumo

Uma guarnição da Polícia Militar passava pela rua S-22, bairro Santa Luzia, em horário próximo à 1h da madrugada de ontem, dia 22, quando avistou uma bicicleta encostada no muro de uma residência. Quando decidiu saber a procedência, acabou descobrindo que o local servia como “boca de fumo” e que uma família inteira gerenciava o “empreendimento”.

Os policiais informaram no Relatório de Ocorrência Policial (ROP) que a viatura foi estacionada em frente ao imóvel e, assim que bateu no portão, um elemento foi abrir, mas quando viu que se tratava de polícia, fechou o portão e correu para dentro da casa. A equipe entrou no terreno para saber o que estava acontecendo.

Feita a abordagem pessoal em um indivíduo, foi questionado o motivo de ele estar naquela casa, naquele horário e ele confessou que teria ido comprar “skunk”, que já é costume comprar drogas naquele endereço. Quando entravam no terreno da residência, um dos integrantes da guarnição avistou o momento em que outro indivíduo jogava algum material por cima do muro. O militar fez uma busca e encontrou três invólucros aparentando ser pasta base de cocaína.

O elemento que jogou a droga fora disse que vende entorpecentes e que, ao lado de seu quarto, mora o irmão com a esposa e o filho de dois anos. Diante das informações, os policiais bateram na porta do suspeito e, assim que ele abriu, sentiram um odor que seria de maconha. Ao olhar para dentro do apartamento, uma balança de precisão foi vista em cima do armário da cozinha. Uma revista realizada no apartamento resultou na apreensão de um invólucro aparentando ser pasta base de cocaína e um tablete que seria de skunk, além de um celular Samsung A5 que o suspeito não soube explicar a procedência, afirmando apenas que o comprou por R$ 350.

Quanto à droga, o elemento disse que foi comprada pela quantia de R$ 1.800, na área do Caetano Filho, conhecido como “Beiral”, no Centro de Boa Vista. O vendedor, segundo o suspeito, era venezuelano, mas não soube dizer o nome, ressaltando apenas que venderia o produto.

Durante a abordagem aos três suspeitos, saíram de dentro de outro apartamento, a mãe e o padrasto de dois deles. Quando feita uma varredura no apartamento do casal, foram encontrados vários aparelhos celulares. Diante da contundência da prova de que os indivíduos estariam associados no tráfico de drogas, sete foram conduzidos à Central de Flagrantes do 5º DP. Três por serem responsáveis pelos entorpecentes e os demais por estarem envolvidos com o caso.

Ao fim do procedimento, o delegado de plantão lavrou o Auto de Prisão em Flagrante e manteve o trio preso, demais foram liberados. Os suspeitos ficaram detidos numa cela até a manhã de ontem, quando foram apresentados à Justiça em audiência de custódia. O material apreendido será submetido à perícia.

Um total de 11 celulares, cinco relógios de pulso, as drogas, balança de precisão e quase R$ 2 mil foram apreendidos no local. (J.B)