Política

PIB de Roraima é o 2º em crescimento da Região Norte e o 10º em todo país

Agropecuária foi um dos setores que auxiliou na elevação do PIB, o que demonstra uma recuperação da economia

 

Conforme dados divulgados pelo Banco Santander, o Estado de Roraima obteve crescimento de 1,2% de contribuição no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, sendo o segundo maior de toda a Região Norte, ficando atrás apenas de Rondônia, e ocupando a décima colocação em todo o país.

Segundo a governadora Suely Campos (PP), os registros também apontam que pelo segundo trimestre seguido, a economia voltou a dar sinais de crescimento.

“Ocupamos o décimo lugar na taxa de crescimento do País. Isso para Roraima é um grande avanço e mostra que nossa gestão está no caminho certo, valorizando o pequeno, médio e grande produtores, gerando emprego e renda por meio de políticas públicas de governo”, analisou.

De acordo com o estudo do desempenho do PIB por Estado, é a agropecuária quem está puxando a maior parte dos estados que apresentam números positivos. Em Roraima, por exemplo, o setor é responsável por 8,7% da taxa de crescimento real, projetada em 1,2% do PIB nacional.

“O resultado desse estudo mostra que o conjunto de políticas públicas para o setor tem dado frutos, alçando Roraima ao caminho que nós sonhamos, que é o do desenvolvimento, para que em breve possamos mudar a matriz econômica do nosso Estado, através da produção, gerando as oportunidades que nossa gente precisa”, complementou a governadora.

Segundo o secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento, Haroldo Amoras, a contribuição roraimense chega a ser superior a de estados como São Paulo [0,5%], Minas Gerais [0,8%] e Amazonas [0,5%], o que demonstra que o trabalho desenvolvido pelo Governo de Roraima para incentivar o setor produtivo está no caminho certo.

“A participação do governo ocorre por meio das ações de política econômica representada por incentivos fiscais e financeiros, como, por exemplo, os incentivos da Lei Estadual 215, recursos do Funder [Fundo de Desenvolvimento do Estado de Roraima] e federais do FNO [Fundo Constitucional do Norte]”, disse Amoras.

RECUPERAÇÃO – No início de setembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma alta de 0,2% na economia do País, no segundo trimestre em comparação com os primeiros três meses deste ano.

Com esse resultado, o país registrou dois trimestres consecutivos de crescimento – no primeiro trimestre de 2017, a alta foi de 1% na comparação com os últimos três meses de 2016.

Os primeiros números divulgados pelo instituto em 2017, ainda no mês de março, também já sinalizavam recuperação. O índice de atividade referente a janeiro confirmou que a economia começava a sair da recessão. A alta de 1,4% na produção industrial em janeiro em relação ao mesmo período do ano passado interrompeu uma sequência negativa de 34 meses.

O último resultado positivo tinha sido registrado em fevereiro de 2014 quando a produção avançou 4,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O crescimento de janeiro de 2017 foi ainda o mais elevado para o mês desde 2013, quando a indústria teve expansão de 6,5%.

Enquanto o agronegócio teve menos problemas, a indústria foi o segmento mais castigado pela crise e segundo o IBGE, a estabilização do setor é um bom sinal.