Foram divulgados nesta segunda-feira (16), em Brasília, os dados da Polícia Federal a respeito dos pedidos de refúgio e residência no Brasil, especialmente de venezuelanos que entraram no país por Roraima. De acordo com a PF, entre 2015 e junho de 2018, 56.740 venezuelanos procuraram a Polícia Federal para apresentar requerimentos.
Um dado intrigante trata-se dos venezuelanos que apenas pediram agendamento para apresentar seus pedidos, mas não retornar à sede da PF. Outros 10,1 mil imigrantes que agendaram atendimento, 5,9 mil não retornaram. Durante os três anos, a PF identificou 35.540 venezuelanos que pediram refúgio e 11,1 mil solicitaram residência.
“Os dados foram compilados pela PF em 28 de junho. Todos os números foram individualizados, ou seja, não consideram mais de um atendimento registrado sobre a mesma pessoa”, informou a Casa Civil da Presidência da República.
Ainda de acordo com a PF, o último dado, fechado em 15 de maio, indicava a procura de 48.646 venezuelanos por regularização junto à PF.
O levantamento da Polícia Federal também identificou quantos imigrantes ainda estão no Brasil. Entre 2017 e 2018, entraram pela fronteira de Pacaraima 127.778 venezuelanos, sendo que 68.968 saíram do país. Desses, 47.855 deixaram o território brasileiro por fronteira terrestre, enquanto 21.113 pegaram voos internacionais.
Dentre os venezuelanos que deixam o país por via terrestre, 66% voltam à Venezuela via Pacaraima; 15% pela Ponte Tancredo Neves, em Foz do Iguaçu (PR); 6% via Guajará-Mirim, em Rondônia; 6% por Uruguaiana (RS); e 7% em outras localidades.
Por via aérea, as principais rotas de saída são os aeroportos de Guarulhos (58%), Manaus (15%), Brasília (13%) e Galeão (11%).
Abrigos e interiorização
Ao todo, cerca de quatro mil venezuelanos estão em nove abrigos de Roraima. Até agora, 690 venezuelanos voluntários já foram levados a outras cidades: São Paulo, Manaus, Cuiabá, Rio de Janeiro, Igarassu (PE) e Conde (PB). Está prevista para a próxima semana nova viagem para Brasília, Cuiabá, Rio de Janeiro e São Paulo.
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Os dados foram divulgados durante reunião do Comitê Federal de Assistência Emergencial, realizado nesta segunda-feira (16) e que foi presidido pela Casa Civil.
