Cotidiano

PF deflagra nova fase de operação e cumpre mandados em Mucajaí

Mandados de busca e apreensão e conduções coercitivas têm a ver com investigação de licitações da Secretaria de Saúde do Município

A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã de ontem, dia 1º, mais uma fase da operação que investiga possíveis fraudes em licitações das Secretarias de Saúde de municípios do Estado. Desta vez o alvo foi o Município de Mucajaí, localizado na região Centro-Oeste de Roraima.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura e em três endereços residenciais de servidores efetivos. Nesses locais, a PF buscou a apreensão de cinco processos específicos na área da Saúde.

Os federais conduziram e levaram coercitivamente para prestar depoimento na sede da Polícia Federal em Boa Vista dois ex-secretários das pastas de Educação e Saúde. Antes de serem levados ao prédio da Superintendência, os dois fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

Foram apreendidos documentos, agendas, contratos, mídias computacionais (notebook, laptop, tablets, máquinas fotográficas, aparelhos celulares), além de CDs, DVDs, HDs externos e outras unidades de armazenamento de dados e mídias portáteis que possam ter relação com os fatos investigados.

A operação tem ligação com os mandados que foram cumpridos pela PF desde o início do mês passado na Capital, Boa Vista, e nos municípios de Alto Alegre, Cantá, Rorainópolis e Normandia. Em todas essas localidades, policiais federais apreenderam documentos e conduziram coercitivamente servidores públicos de Comissão Permanente de Licitação (CPL), além de ex-secretários de Saúde e contadores.

A reportagem da Folha entrou em contato com a PF em busca de mais detalhes sobre a operação, mas o delegado responsável, Alan Robson Ramos, informou que não irá se pronunciar sobre o assunto devido às investigações estarem em curso.

Prefeitura diz que processos apreendidos são de responsabilidade da gestão anterior

Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Mucajaí informou que todos os processos objetos da busca são de responsabilidade da gestão anterior. “Os servidores municipais efetivos que tiveram mandados de busca e apreensão em suas casas são servidores que tiveram relação com os processos da antiga gestão”, afirmou.

“A ação da Polícia Federal em Mucajaí não tem absolutamente nenhuma relação com a atual gestão. A prefeita Nega (PR) atendeu a equipe policial, colocando-se a inteira disposição da autoridade policial para o fiel cumprimento da determinação judicial”, complementou.

A assessoria informou ainda que, está dando publicidade ao fato no intuito de esclarecer a verdade, “porque existem pessoas que não tem a verdade como princípio e tentam distorcer as informações com objetivo de imputar à atual gestão da prefeita Nega às notícias da operação policial em Mucajaí”. (L.G.C)