Polícia

Ossadas são encontradas em chácara no Monte Cristo

Restos mortais que seriam de três pessoas foram localizados dentro de poço

Após receber uma denúncia anônima, a Polícia Civil realizou, na manhã de ontem, dia 4, uma operação em busca de corpos numa propriedade que fica na região de Monte Cristo, zona rural de Boa Vista. Por volta das 8 horas, a Companhia de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros foi acionada e quando chegou ao local já havia policiais civis do Grupo de Resposta Tática (GRT) resguardando a área. O rabecão do IML também foi ao local para fazer a remoção do material coletado.

As investigações levaram os policiais a encontrar um poço e, depois de fazerem uma vistoria, conseguiram identificar que dentro dele havia corpos. Os trabalhos avançaram por toda a manhã e terminaram apenas às 14h, depois que os bombeiros descartaram a possibilidade de encontrarem outros corpos no local. O poço, de três a quatro metros de profundidade, foi escavado, na intenção de que mais ossos fossem encontrados, no entanto, somente o material correspondente aos três corpos foi achado.

Os restos mortais estavam soltos dentro do poço, que fica em meio ao lavrado. Um dos bombeiros relatou à Folha que, pelas características, as vítimas teriam sido esquartejadas antes de serem jogadas no poço. Três crânios e muitos ossos dos membros superiores e inferiores, além de ossos da coluna, foram encontrados pelas equipes.

Pelo menos 20 bombeiros participaram da retirada dos ossos de dentro do buraco. Eles usaram uma espécie de tripé que possibilitava um dos bombeiros descer como se estivesse em rapel, por meio de equipamentos de segurança, inclusive balão de oxigênio e máscara para minimizar os odores.

O titular da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH), delegado Cristiano Camapum, declarou que, apesar de os corpos sofrerem alterações devido à decomposição, foi observado que partes estavam separadas, por isso há grande possibilidade do desmembramento ter ocorrido. “Mas para comprovar, com certeza, somente com exame da perícia médica do IML”, explicou.

O rabecão do Instituto de Medicina Legal (IML) fez a remoção dos restos mortais para serem examinados, a fim de que as vítimas sejam identificadas. Pelas condições das ossadas coletadas, somente exames específicos irão comprovar a identidade das vítimas. (J.B)