Anunciadas em dezembro do ano passado pela prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, as obras de infraestrutura com objetivo de melhorar o trânsito em ruas e avenidas da cidade ainda não saíram do papel. As avenidas Brasil (BR-174 sul), Venezuela e João Alencar (BR-174 norte) seriam as beneficiadas pelo projeto fruto de convênio entre a Prefeitura de Boa Vista e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), que ainda está em análise.
Na época, a prefeita informou que a intenção das obras era mudar o trânsito em relação ao acesso às rodovias, pois esses pontos continuam causando problemas dentro e no entorno da cidade. Os trabalhos seriam divididos em três lotes, o primeiro contemplando a Avenida Brasil com melhorias em 6,5 quilômetros de extensão em contorno oeste ao supermercado varejista, visando à implantação de passarelas para pedestres, calçadas e vias pavimentadas.
A segunda parte das obras seria a duplicação por 4,8 quilômetros da Avenida Venezuela, interligando-a a Avenida João Alencar (BR-174 norte), até a ponte do Rio Cauamé. O objetivo é facilitar os acessos para o shopping no bairro, a Base Aérea e a rodovia sem necessidade de utilizar a Avenida Yeyê Coelho.
E por fim, quem seguir pela Avenida Venezuela sentido João Alencar iria passar por baixo de um “mergulhão” que ligaria as Avenidas Carlos Pereira de Melo com a Brigadeiro Eduardo Gomes, o que ocorreria no semáforo do Ibama.
Procurada pela reportagem da Folha para responder sobre como está o andamento do projeto, a Prefeitura de Boa Vista informou, por meio de nota, que a obrigação do órgão em relação às intervenções nos locais era de contatar o projeto e repassar para o DNIT e que o procedimento já foi realizado e que, a partir de agora, depende do Departamento dar continuidade.
Porém, o DNIT informou que a situação ainda está em análise e que não teria recebido o projeto oficialmente. Segundo a superintendente do DNIT em Roraima, Delchelly Oliveira, os procedimentos licitatórios e a ordem dos serviços já foram feitos. “Já teve a maquete e apresentação preliminar com o DNIT, inclusive com técnicos de Brasília que vieram para a reunião acompanhar o projeto, mas oficialmente ainda não entrou aqui”, esclareceu.
A superintendente esclareceu também que, por estar em fase de encaminhamento, não é possível saber quem vai delegar a obra, mas que os órgãos estão trabalhando para finalizar o processo o mais breve possível.
Delchelly informou ainda que, pela complexidade do projeto, vai demorar algum tempo para ser aprovado e que a previsão para o início dessas obras seja somente em 2019. “A gente tem que ter recursos para licitar. Esse ano não tem previsão orçamentária para fazer. Nem o DNIT, nem a Prefeitura. Se a gente for fazer através da Prefeitura, o recurso é federal para a gente delegar”, afirmou. (A.P.L)