Cotidiano

ONG recebe 25 toneladas de alimentos para abrigo

A coordenação dos grupos voluntários fará uma triagem para distribuir alimentos e produtos de higiene doados para Roraima

Já estão em Boa Vista as 25 toneladas de alimentos e produtos de higiene arrecadados por empresários e voluntários de diversas cidades da região sul e sudeste do Brasil para ajudar a ONG Fraternidade Sem Fronteira, que é responsável pelo centro de acolhimento do bairro Operário e que atende cerca de 100 famílias de imigrantes venezuelanos.

De acordo com o coordenador local da FSF, João Paulo Reis, a prioridade é atender inicialmente as famílias que estão abrigadas no Centro de acolhimento do Operário e também a Igreja Nossa Senhora da Consolata, no bairro São Vicente, que todos os dias fornece alimentação para venezuelanos. Além disso, as instituições que trabalham no acolhimento de imigrantes vão se reunir para definir critérios de doação dos produtos para outros abrigos e também a pessoas que estejam necessitadas.

Ele contou ainda que as doações vieram de pessoas físicas de cidades variadas das regiões de Campinas, Rio Claro, Vale do Paraíba, Belo Horizonte e outras. Para que a alimentação chegasse a Roraima, o Rotary Clube de Minas Gerais colaborou com o envio do caminheiro, trazendo os produtos.

AÇÃO SOCIAL
No feriadão de Páscoa uma caravana de voluntários esteve em Roraima para participar de uma ação social junto aos imigrantes. O evento contou com a participação da ONG Fraternidade sem Fronteiras e de cerca de 60 voluntários do Projeto Canudos, que vieram de várias cidades brasileiras.

Aqui eles realizaram, no período de 29 a 1º de abril, mais de 2.900 atendimentos de serviço de saúde, além de 400 atendimentos odontológicos e entregaram cerca de 5.000 medicamentos para os abrigados venezuelanos. Outra principal ação desenvolvida durante a ação foi o cadastro profissional dos imigrantes: mais de 700 pessoas foram cadastradas.

O objetivo, de acordo com o coordenador da FSF, é fazer uma ponte entre quem precisa de emprego e quem pode ofertar uma vaga de trabalho. Quem quiser ajudar, pode apoiar com transporte, moradia temporária, mobília, e outras necessidades do trabalhador e sua família. Um voluntário da FSF será o “tutor fraterno” da nova relação de trabalho, incentivando o zelo pelo cumprimento do compromisso assumido pelo trabalhador e pelo empregador.

Os interessados em ajudar podem acessar o site da ONG, fraternidadesemfronteiras.org.br e clicar no botão “quero ajudar – Brasil, um coração que acolhe” e informar se pode oferecer emprego, apoio ou ser um tutor fraterno. Os dados serão analisados por voluntários da FSF que farão a conexão entre quem precisa de ajuda e quem quer ajudar.

O currículo dos trabalhadores venezuelanos também ficará disponível para visualização no site da FSF. O cadastro profissional será feito por meio de um aplicativo que leva os dados automaticamente para o site. O trabalho começa durante a caravana, na Páscoa, e segue de forma continuada.