Política

O futuro de Temer sob a ótica dos deputados federais de Roraima

Alguns parlamentares não querem falar sobre a saída de Temer e a maioria prefere esperar o desenrolar dos fatos

A maioria dos oito deputados federais roraimenses ainda não definiu como será o voto que definirá o futuro do Presidente da República, Michel Temer (PMDB), na Câmara Federal. Aos parlamentares caberá a responsabilidade de autorizar ou não a investigação para que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre o futuro do Presidente da República.

Na avaliação da maior parte dos deputados da bancada federal de Roraima, o melhor caminho em relação à situação de indefinição política e crise pela qual o país passa é a cautela e, por isso, eles não querem se comprometer em relação à denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer.

O peemedebista foi denunciado por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça. A Folha ouviu a bancada federal de Roraima sobre o assunto. A maior parte não quis antecipar o voto, sob a alegação de não conhecer o teor da denúncia. Dos que declaram voto, dois são contra.

Abel Galinha – Indefinido
“Eu ainda não li a denúncia que a PGR [Procuradoria Geral da República] fez envolvendo o presidente. Quando ler e se tiver certeza que o presidente Temer cometeu crime de responsabilidade, eu vou votar pela saída e, se não tiver a certeza, vou votar pela permanência dele no cargo”.

Carlos Andrade (PHS) – Indefinido
“Ainda estou analisando a denúncia e, por enquanto, não tenho nenhum posicionamento. No máximo tenho uma tendência, pois meu partido está fora da base do governo. Mas assim que definir qual será meu voto, vou torná-lo público após averiguar qual é o entendimento partidário sobre a questão”.

Édio Vieira Lopes (PR) – Indefinido
“Meu voto não está definido, mas existem três possíveis cenários e nenhum deles é animador, pois todos têm desdobramentos que certamente não contribuirão para o país voltar à normalidade. Todos têm consequências sérias na vida nacional e por isso não se pode fazer nada as pressas, sem se ter um estudo claro e preciso sobre o tema”.

Hiran Gonçalves (PP) – Contra
“Nosso partido é da base do Governo. Não vou antecipar o voto, mas o que tenho sentido na rua é que ninguém quer mudar governo agora, todos querem trabalhar para resolver os problemas do Brasil. Mudanças bruscas vão piorar o país e todos nós sofreremos. Eu li com muito cuidado a denúncia e achei fraca, fragmentada e eivada de intrigas, uma denúncia muito vaga que dificilmente passaria por um colégio de juízes”.

Jhonatan de Jesus (PRB) – Contra
“O país está se recuperando de uma grave crise e o momento requer que sejamos prudentes nas decisões para que o povo brasileiro não venha a sofrer as consequências de uma denúncia que, a meu ver até a presente data, não apresentou provas concretas que nos leve a votar favorável a sua continuidade”

Maria Helena (PSB)
A deputada federal não respondeu a reportagem até o fechamento desta edição

Remídio Monai (PR) – Indefinido
“Ainda não tenho meu voto definido, pois estou lendo a denúncia e verificando a melhor forma de me posicionar sobre o tema. Estou avaliando como vai ficar a situação política. Estou conversando com meus eleitores e também conversando com meu partido. Somente depois disso vou declarar meu voto”

Shéridan (PSDB) – Indefinido
“Ainda não tenho voto definido, mas vou trabalhar na mesma forma que trabalhei com a denúncia da presidente Dilma Rousseff, única e exclusivamente em cima da denúncia. O momento requer muita serenidade e cuidado. Então não podemos fazer nada que possa piorar ainda mais a situação do país”.