Saúde e Bem-estar

Novo aparelho mede a glicose sem picada no dedo

Trata-se de um aparelho medidor de glicose chamado Free Style Libre que dispensa sangue

Uma inovação tecnológica promete facilitar e melhorar a vida de quem convive com o diabete. Trata-se de um aparelho medidor de glicose chamado Free Style Libre que dispensa sangue e, consequentemente, as incômodas picadas nos dedos — e ainda traz resultados mais completos sobre o sobe e desce do açúcar ao longo do dia. No Brasil, ele foi lançado pela Abbott.

De acordo com o médico Cesar Penna especialista em Endocrinologia e Metabologia, o principal diferencial do aparelho em relação aos outros glicosímetros está justamente na maior quantidade de informações que ele fornece.

“O aparelho é capaz de mostrar como andava o nível de glicose, como está no momento e ainda apresenta uma estimativa de como se comportará nas horas seguintes”, explica.

Segundo o médico, o acesso aos dados que esse aparelho oferece vai ajudar no empoderamento do paciente frente à doença. “Ele é quem manda no diabete, e não o contrário. Sem contar que é possível acompanhar quais hábitos influenciam mais nas taxas de glicose”, disse.

O diabete é a única doença não infecciosa epidêmica no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 14 milhões de pessoas possuem o problema no Brasil – 90% deles são portadores do tipo 2 e a metade não sabe que tem a doença. E, todos os dias, estima-se que surjam 500 novos casos.

“Entre os pacientes diagnosticados, a maioria não consegue domar os níveis de glicose devidamente porque não gosta das agulhadas – aí, não usa o glicosímetro direito. O novo aparelho promete, então, trazer alívio a esse pessoal. Afinal, trata-se de um sensor do tamanho de uma moeda de 1 real que é colado na parte de trás do braço — e lá pode ficar por até 14 dias. Para fazer o monitoramento, basta passar o leitor por cima do dispositivo e a medida aparece na tela”, explicou.

O pequeno sensor é aplicado na parte posterior superior do braço, mede de forma contínua as leituras da glicose e armazena os dados durante o dia e a noite.

“Nesse caso, o paciente pode tomar banho, nadar ou praticar exercícios físicos. O leitor captura as informações do sensor por meio de um rápido scan de 1 segundo. Inclusive sobre a roupa”, disse.

A cada scan, o leitor mostra um gráfico com o passado, o presente e o futuro da sua glicose. “O passado é apresentado por meio do histórico das últimas 8 horas. O presente é a sua glicose no momento do scan. O futuro é mostrado por meio de uma seta que indica a tendência da sua glicose. A tecnologia vem ao auxílio dos pacientes portadores de diabetes, visando um convívio com a doença de uma forma mais confortável”, relatou.

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