Política

Mozarildo defende surgimento de novos nomes na disputa pelo Governo do Estado

Ex-senador foi sondado pelo partido Podemos (PODE) para concorrer ao Senado, porém ainda não confirmou se disputará pleito

As eleições de 2018 se aproximam e alguns nomes já são cogitados para disputa pelo Governo do Estado. No cenário político local, especula-se a candidatura da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB), que provavelmente irá disputar com a atual ocupante do cargo, Suely Campos (PP). Também há rumores de que o ex-governador José de Anchieta Júnior (PMDB) entre no páreo.

Em entrevista ao Programa Agenda da Semana, na Rádio Folha AM 1020, no domingo, 16, o ex-senador Mozarildo Cavalcante, atualmente filiado ao partido Podemos (PODE), antigo PTN, defendeu novos nomes para o Governo. Ele disse que, nas últimas três décadas, o comando do Estado de Roraima vem sendo revezado por grupos políticos já estabelecidos.

“Esse cenário de revezamento se estende desde a criação do Estado. O primeiro governador foi Romero Jucá, que também foi o último a exercer o cargo no antigo Território. Desde então, o comando vem sendo revezado entre políticos ligados ao ex-governador Ottomar Pinto, Neudo Campos e Romero Jucá”, lembrou.

O ex-senador acredita que a mudança só irá ocorrer de forma definitiva com novos nomes no poder. “As pessoas costumam reclamar dos governantes, mas se esquecem que foram elas que os colocaram lá e a cada eleição colocam novamente, sob argumentos fracos de que determinado candidato ‘rouba, mas faz’. Com essa visão não chegaremos a lugar algum”, disse.

SENADO – Com filiação recente ao Podemos, Mozarildo Cavalcante é sondado para a disputa de uma das vagas ao Senado. “Confesso que sinto falta de atuar no Senado, sinto que ainda poderia colaborar muito para o desenvolvimento do Estado, com investimentos em áreas essenciais, mas ainda não há nada confirmado”, comentou.

NACIONAL – Quanto à corrupção em debate no cenário nacional, o ex-senador também defende mudanças. “Essa Operação Lava Jato serviu para expor de maneira muita explícita e inesperada por todo mundo a dimensão da corrupção praticada no país, sob o comando do Executivo e com a participação de altos figurões do Senado e da Câmara. O tamanho do rombo acho que ninguém ousava imaginar que se tratava de trilhões de dólares”, disse.

Ele frisou que os parlamentares ligados à corrupção acumularam fortunas de maneira indevida. “Quando eu ainda estava no Senado, o que se sabia era que essas pessoas mais ligadas ao núcleo de repente ficavam ricas, milionárias. Um senador e um deputado ganham bem, têm as verbas indenizatórias e outras vantagens, mas, somando tudo isso, não dá pra constituir patrimônio com fazendas, shoppings e grupos de comunicação como vemos por aí”, declarou.