Um jovem, de 25 anos, que trabalha como motorista autônomo do aplicativo Uber, foi vítima de um crime praticado por cinco indivíduos, depois de atender a chamada de uma mulher que precisava do serviço. O ponto marcado foi em frente a um supermercado na BR-174, bairro Centenário, zona Oeste de Boa Vista, por volta das 17h da quarta-feira, dia 11.
A vítima destacou que a mulher era baixa e branca e que seguiram por bairros da zona Oeste, no entanto, o destino final seria o bairro Cidade Satélite. A rota, segundo o motorista passou pelas Avenidas Centenário, Nossa Senhora de Nazaré, Mário Homem de Melo e Carlos Pereira de Melo, onde no último endereço mais dois homens entraram no automóvel, sendo um moreno alto e o outro branco e magro.
A rota foi redirecionada para o bairro Pintolândia, seguindo pela Avenida Padre Anchieta, em seguida pela Avenida São Joaquim, chegando à Ataíde Teive e entrando na Avenida S-24, onde mais um homem, com tatuagem no braço, moreno, magro e com estatura mediana, entrou no automóvel, próximo a um Posto de lavagem.
Dando prosseguimento à corrida, eles voltaram para Avenida Ataíde Teive e seguiram para a Rua Carmelo, local em que o quinto indivíduo entrou no veículo. Solicitaram que o condutor seguisse novamente ao bairro Centenário, foi quando percebeu que algo estava errado e desprendeu o cinto de segurança, no intuito de pular do carro, mas um dos criminosos colocou o cano da arma em seu pescoço e disse que era mais “malandro” que ele.
O motorista foi obrigado a seguir até uma rua deserta, já no bairro Centenário, momento em que a direção do carro foi tomada por um integrante do bando. A vítima teve os braços e as pernas amarrados por braçadeiras de plástico e colocada no banco detrás do veículo, sendo obrigado a manter a cabeça baixa.
Enquanto isso, os elementos seguiram por algumas vias da Capital e o homem suspeita que seu carro tenha sido usado num assalto a uma joalheria. Já era noite quando a vítima foi abandonada no Anel Viário. Ele declarou que caminhou em direção à BR-174 e viu vários documentos jogados, recolhendo uma carteira porta-cédulas, pensando ser a sua, mas quando observou com calma, notou que a Carteira de Habilitação era de outro indivíduo.
Depois de caminhar por um bom tempo, pediu ajuda em uma propriedade na beira da estrada e foi socorrido por um homem que lhe conduziu até o prédio do 3º DP, mas como a delegacia estava cheia e apenas um agente atendendo à demanda, foi levado à Central de Flagrantes do 5º DP, onde foi atendido.
Até o fim da manhã de ontem, dia 12, o veículo da vítima não tinha sido encontrado. O caso foi encaminhado ao Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) para investigação. (J.B)