Cotidiano

Moradores relatam falta de ambulância e remédios em posto de saúde do Amajari

O acidente com a jovem Glardenha Magalhães, de 17 anos, que caiu de uma altura de 15 metros em uma cachoeira na Serra do Tepequém, no domingo, em Amajari, despertou a população da localidade para uma série de problemas no Posto de Saúde Jair da Silva Mota, na sede daquele município.

Segundo os moradores, a unidade conta com apenas uma ambulância para atender casos mais urgentes e não possui estrutura para receber casos que necessitem de primeiros-socorros. “Em Tepequém só tem uma unidade de saúde que funciona apenas de segunda a sexta-feira. Quando chega o fim de semana, quando há grande fluxo de turistas, não tem ambulância e tudo depende da sede”, disse um morador, que preferiu não se identificar.

Sem socorristas e ambulância, o morador relatou que a demora para socorrer pessoas feridas é grande. “Até o Samu [Serviço de Atendimento Médico de Urgência] ser comunicado, passar a situação para a central em Boa Vista e ser liberado para fazer o resgate, demora horas. A saúde aqui no município é precária”, afirmou.

Segundo ele, medicamentos básicos também estão em falta na unidade de saúde. “Não tem nem dipirona na farmácia, nem aferidor de pressão tem. Após a nova gestão assumir ninguém sabe de nada, ninguém viu nada e nós estamos tendo que conviver com isso”, relatou.

O morador cobrou melhorias no posto de saúde do município e na unidade instalada na Vila do Tepequém, ponto turístico do Estado. “É complicado uma situação dessas, até porque a vila recebe muitos turistas. Deveria ter equipe para ficar de plantão aos finais de semana, porque é arriscado as pessoas que se acidentarem morrerem por falta de estrutura”, frisou.

PREFEITURA – A Folha tentou, por inúmeras vezes, entrar em contato com a prefeita de Amajari, Vera Lúcia, mas ela não atendeu às ligações. Por telefone, a chefe de gabinete, Núbia Souza, informou que o município passa por momento de transição e que a administração está atrás de equipamentos e veículos para atender à demanda da saúde. “O posto médico estava passando por reforma na época do ex-prefeito e paralisou tudo, está tudo remexido lá”, disse. (L.G.C)