Cotidiano

Moradores reclamam de vala e pontes que dão acesso ao Cinturão Verde

Sujeira e mau cheiro incomodam quem mora próximo ao Igarapé Pricumã; congestionamento atrapalha o trânsito

 

Os moradores do bairro Cinturão Verde, na zona oeste da capital, reclamam de sujeira e mau cheiro do Igarapé Pricumã. Eles se preocupam com o aparecimento de criadouros do mosquito Aedes aegypti, que pode transmitir doenças como dengue, zika e chikungunya. Quem precisa passar pelas duas únicas pontes que ligam o bairro aos bairros Asa Branca e Pricumã, por exemplo, enfrenta também uma fila de veículos nos horários de pico.

No decorrer do Igarapé Pricumã, é possível encontrar copos descartáveis jogados, embalagens de lanches, de pizza, sorvete e até garrafas de bebida. E tudo isso bem ao lado e em frente a residências.

Segundo a aposentada Aparecida Maria Diane, no igarapé, há muito tempo não se faz limpeza e a sujeira e o mau cheiro já fazem parte da vida dos moradores. “Não tem condições. É muita sujeira. A cada dia a situação fica pior, com copo jogado, garrafa e animais mortos. Nossa saúde está sempre em risco”, comentou.

A comerciante Cleoniza Ramos, de 45 anos, mora na região desde que nasceu e espera um dia viver outra realidade. “Nós gostaríamos que, em vez de um igarapé sujo, fosse feito um projeto e o lugar fosse transformado em uma praça limpa para trazer as crianças para brincar. É o sonho de todos do bairro. Imagine passear ou levar as crianças para brincar em um lugar lindo bem próximo a sua casa”, disse.

A preocupação da aposentada Divanir Pereira é ainda maior. Ela teme que o acúmulo de sujeira no igarapé possa aumentar os casos de dengue na cidade. “Infelizmente, no bairro, temos este igarapé, que é uma espécie de lixão e, com o surto de dengue, ficamos à mercê”, afirmou.

Outra reclamação comum no bairro Cinturão Verde é a limitação de acesso a outras localidades, causada também pelo igarapé, restando como alternativa duas pontes que ligam o bairro às avenidas dos Bandeirantes e dos Imigrantes. Nos horários de pico, a situação do trânsito fica complexa, pois as pontes já não suportam mais o número de veículos, o que causa congestionamento e acidentes.

De acordo com o almoxarife José Neto da Silva, um projeto para o igarapé daria uma estrutura ao bairro e desenvolveria mais ainda a região oeste da capital com um trânsito de infraestrutura moderna, além de facilitar a vida das pessoas e oferecer conforto e comodidade. “Precisa de um projeto para esse igarapé, para melhorar o acesso ao bairro, o trânsito, enfim, a vida dos moradores daqui e de toda capital”, ressaltou.

PREFEITURA – Em nota, a Prefeitura de Boa Vista informou que a situação do Igarapé Pricumã está sendo avaliada pelo município, que irá buscar alternativas para melhorar o tráfego nos locais citados e a questão de limpeza ambiental. (E.S)