Cotidiano

Moradores reclamam da falta de água no bairro Laura Moreira

Sem abastecimento regular de água em suas torneiras há mais de três meses, moradores do bairro Laura Moreira, zona Oeste da Capital, procuraram a Folha para denunciar a situação. Conforme reclamaram os residentes, as famílias chegam a ficar mais de 24 horas sem água em suas residências, o que causa transtornos. 

Segundo os moradores, quase todos os dias, eles cobram da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAERR) soluções para o problema. “Já são mais de três meses enfrentado e vivendo esse problema. Está difícil viver assim. Quase todos os dias nós ligamos e eles dizem que vão resolver, já vieram aqui, mas até agora nada. Precisamos de uma solução urgente”, reclamou a dona de casa Alzira Alves, de 65 anos.

Para suprir as necessidades do dia a dia, os moradores precisam encher baldes e galões de água como forma de reservatórios. De acordo com a dona de casa, é no período da madrugada que a água chega com mais força, facilitando o armazenamento nos recipientes. “É lamentável passar por isso, ter que tirar o horário de descanso para esperar a água chegar. Que vida é essa!”, lamentou.

Durante o dia, a pressão da água não é forte o suficiente para subir às caixas d’água. “É como vocês podem ver, quando ela vem durante o dia é assim, fraca. As torneiras têm que ser bem baixas, então não dá pra reservar”, comentou Alzira.

Os moradores contaram que no último final de semana muitas famílias ficaram sem o abastecimento de água. “Esse final de semana nós ficamos mais de 48 horas sem água nas torneiras, voltando só na madrugada da segunda-feira. A alternativa foi sair com os baldes e pegar água com uns vizinhos que têm água”, relatou a moradora Soraia Nunes, de 25 anos.

“Essa é uma situação que tem dificultado muito nossas vidas. Os moradores precisam sair para o trabalho, as crianças precisam ir à escola. Ta difícil enfrentar essa situação, nós queremos providências porque nós pagamos e queremos abastecimento regular e água de qualidade nas nossas torneiras”, completou a dona de casa Alzira.

OUTRO LADO – Por meio de nota, a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAERR) informou que já tem conhecimento do problema e já enviou uma equipe de técnicos ao local, a fim de detectar o problema informado pelos moradores. “O bairro é considerado ponta de rede e, durante os picos de consumo, pode ocorrer uma variação na pressão de água. Para resolver definitivamente esse impasse, a CAERR já está atuando em duas frentes: iniciou as obras de extensão de rede, cerca de 650 metros, para interligar o sistema ao poço artesiano localizado”, informou.

Moradores do Pedra Pintada cobram água nas torneiras

Na manhã de ontem, 16, moradores do loteamento Pedra Pintada fizeram uma manifestação em frente à sede da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAERR) para cobrar a execução de projeto que prevê o abastecimento de água aos residentes do bairro. “Nós estamos aqui para manifestar a vontade e o desejo de ter água potável. As crianças dormem sem tomar banho, não tem água para beber, para cozinhar. A água chega de madrugada e não dá tempo de encher os galões. Nós recebemos uma emenda parlamentar para construção de dois poços artesianos e queremos saber o motivo do projeto ainda não ter sido executado”, questionou a presidente do conselho fiscal do bairro, Débora Fonseca.

“Nós estamos desesperados, sempre fazemos reivindicações na CAERR e sempre falam que ta tudo certo, logo vai acontecer, mas nada é feito. Eu já encaminhei um ofício, mas até hoje não foi respondido, quem sabe hoje tenho uma resposta”, comentou.

OUTRO LADO – Em nota, a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAERR) informou que o presidente Danque Esbell recebeu os moradores do loteamento e os informou que o projeto para a construção de dois poços artesianos na localidade já foi concluído e enviado para a Secretaria de Infraestrutura (Seinf), onde a obra está em fase de licitação.

O secretário da Infraestrutura, Gregório Almeida, também esteve na reunião e agendou para a próxima quarta-feira, 21, outra reunião, para que os moradores possam acompanhar de perto o andamento dos tramites administrativos para a execução da obra. (E.M)