Cotidiano

Moradores denunciam desvio de função em escola de Pacaraima

Moradores de Pacaraima, localizado na região norte do Estado, denunciam problemas na Escola Estadual Cícero Vieira Neto, uma das principais unidades de ensino daquele município. De acordo com as informações repassadas à Folha, o problema na escola estaria no desvio de profissionais efetivos para cobrir outras funções fora de sala, como biblioteca, secretaria escolar e até mesmo na cantina.

“Há excesso de professores na escola, só que eles estão cumprindo expediente em outras funções. Enquanto isso, os alunos ficam sem professor em algumas disciplinas. Tem professor na secretaria da escola, em salas de leitura, mas não na sala de aula”, relatou um morador, que não quis se identificar.

Ainda de acordo com o denunciante, o problema da falta de profissionais poderia ser resolvido com a inclusão de seletivados no lugar dos efetivos, que não estão exercendo a função.

A reportagem também ouviu uma aluna de 19 anos, matriculada na unidade, na modalidade de Educação para Jovens e Adultos (EJA). Ela contou que os problemas relacionados à falta de professores são frequentes, principalmente em disciplinas como Língua Portuguesa, Ensino Religioso e Artes. “A falta de professores já ocorre há um bom tempo, principalmente nos turnos matutino e noturno. Muitos também faltam muito às aulas, e aí os alunos acabam sendo liberados para voltar para casa”, relatou.

Ainda segundo a estudante, vários pais e alunos já questionaram a direção da unidade sobre o problema, mas até hoje não obtiveram retorno. “Muitos já foram atrás de uma resposta, mas até hoje a direção nunca deu uma satisfação”, pontuou.

SEED – Ao contrário da situação relatada pelos moradores do município, a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Educação e Desportos (SEED) disse, em nota, que já fez a lotação dos professores das disciplinas de Língua Portuguesa, Ensino Religioso e Artes, na Escola Estadual Cícero Vieira Neto. “Os estudantes estão tendo aula normalmente”, complementou a secretaria. Sobre a atuação de profissionais em outras funções, a SEED reiterou que as informações relatadas pelos moradores são improcedentes. (M.L)