Política

MPRR nega parceria e reforça que Procuradoria-Geral investigará o caso

Em nota oficial encaminhada à Folha, a Secretaria de Segurança Pública informou que atuaria em conjunto com o Ministério Público Estadual

O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) negou as informações divulgadas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) de que as duas instituições iriam trabalhar em conjunto nas investigações do caso da Vice-Governadoria. A negativa foi divulgada após a publicação da matéria na Folha na quinta-feira, dia 1º.

Em nota encaminhada às 19h30 de ontem à reportagem da Folha, o MPRR afirmou que não atuará em conjunto com a Sesp e reforçou que inicialmente somente a “Procuradoria-Geral de Justiça investigará o caso” e que, posteriormente, após análise, que serão determinadas quais as instituições que também atuarão no caso, como por exemplo, a perícia técnica. O MPRR diz ainda que, a Secretaria de Segurança Pública encaminhou à Procuradoria-Geral de Justiça o inquérito policial referente ao caso.

“O inquérito será submetido à análise da Procuradoria-Geral de Justiça, órgão com atribuição constitucional para o processamento do caso, bem como para adoção de demais medidas. A iniciativa visa preservar e manter a legalidade das provas”, reforçou o MPRR em nota encaminhada à Folha ontem.

OUTRO LADO – Por se tratar de uma resposta a uma informação repassada pelo próprio Governo do Estado, a Folha entrou em contato com a Secretaria Estadual de Comunicação para saber se iria se pronunciar sobre o assunto, porém, até o fechamento da matéria não obteve retorno.

ENTENDA – Na segunda-feira, 29, a Procuradoria-Geral de Justiça do MPRR requisitou da Secretaria de Segurança Pública toda a documentação e material recolhido nas dependências da Vice-Governadoria. O ofício determinava que todo o material coletado fosse submetido à análise da Procuradoria-Geral de Justiça para adoção de demais medidas judiciais no prazo de 24 horas.

Segundo o Ministério Público, a requisição foi motivada após informação veiculada na imprensa local “relatando suposta prática de atos ilícitos envolvendo pessoas com prerrogativa de função”. O caso faz referência à diligência realizada na sexta-feira passada, 26, pela Casa Civil, Casa Militar e Sesp.

Na ocasião, a delegada Giuliana Castro, titular da Sesp, afirmou à imprensa que a equipe encontrou um cheque no valor de R$ 500 mil em uma mochila possivelmente do ex-vice-governador Paulo César Quartiero (sem partido), supostamente assinado e carimbado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Jalser Renier (SD). Também foram apreendidos documentos originais da Prefeitura de Pacaraima, agendas, um pen drive e anotações manuscritas que indicavam um possível esquema de compra e venda do cargo de vice-governador. (P.C)