Cotidiano

Justiça determina suspensão de eleição de nova diretoria do Sitram

A votação deveria ter acontecido no sábado, 19, mas a Justiça determinou que a diretoria se abstivesse de realizar as novas eleições

A Justiça estadual, por meio da 5ª Vara Cível, determinou a suspensão da eleição para a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Boa Vista (Sitram), que estava prevista para acontecer no sábado, dia 19. Na decisão da juíza Bruna Zagallo, o processo eleitoral foi suspenso até que seja julgado o mérito. A previsão é que a decisão seja tomada no dia 2 de dezembro.

Um oficial de justiça foi ao local de votação por volta das 7h20 de sábado, mas, de acordo com sindicalizados, não teria encontrado ninguém da comissão eleitoral para oficiar a decisão. Servidores que apoiavam a chapa 2 – Renova Sitram, que estava impugnada, foram até o local e encontraram os portões fechados. A candidata da chapa 2, Sirdennys Santana, informou que o cancelamento da liminar foi postado à meia-noite nas redes sociais, mas que estavam aguardando a notificação da diretoria.

Os apoiadores da chapa 2 ficaram no local até o meio-dia, esperando a abertura da sede ou o pronunciamento da diretoria, o que não ocorreu. “Estamos fazendo um movimento legítimo a favor do servidor sindicalizado municipal. O nosso sindicato é grande, com mais de duas mil pessoas, mas não tem transparência ou tudo que temos direito. Vamos nos reunir no dia 2 de dezembro para saber o que será feito, mas no domingo, 20, encerra o mandato dela”, relatou Sirdennys, se referindo a Sueli Cardozo, atual presidente do Sindicato.

Procurado pela Folha, um dos membros da comissão eleitoral, Edmilson Albuquerque, reforçou que a comissão não compareceu na sede do Sitram no dia da eleição em razão da liminar judicial lançada na tarde de sexta, impetrada pela candidata da chapa 2. “A comissão foi informada de não ir. O sindicato que tem que comunicar a suspensão”, explicou.

Ele ressaltou que os membros da comissão não fazem parte do sindicato e que foram convidados para integrá-la. Em relação à suspensão, Albuquerque informou que, por se tratar de uma eleição polêmica e conturbada, o tempo vai possibilitar uma nova análise na documentação.

SITRAM – De acordo com uma nota enviada pela assessoria do Sitram, a diretoria atenderá a determinação e hoje, 21, recorrerá da decisão. Informou ainda que não há nenhuma ilegalidade na chapa que concorre, Experiência faz a Diferença, prevista para vencer por aclamação em uma assembleia geral extraordinária.

ENTENDA O CASO – Para as eleições, apenas a Chapa 1, Experiência faz a Diferença, estava apta para a candidatura, comandada por Sueli Cardoso, que está à frente da unidade sindical há mais de seis anos. A Chapa 2 foi impugnada por não possuir os 70% da frequência exigida de acordo com a comissão eleitoral do sindicato. (A.G.G)