Cotidiano

Instituto de Identificação fará cadastramento biométrico de presos

O diretor do Instituto de Identificação Odílio Cruz, Amadeu Triani, anunciou que estão sendo finalizados, junto à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) e Delegacia-Geral de Polícia Civil, os acertos para a instalação de um equipamento para o cadastramento biométrico, na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), de todos os presos que integram o sistema prisional.

A inovação, segundo o diretor, além de otimizar o serviço de cadastramento dos presos que se encontram nas unidades prisionais de Roraima, tem a finalidade de garantir um serviço eficiente e ágil, uma vez que os dados vão ficar armazenados em um banco de dados à disposição da Sejuc, facilitando assim a identificação da população carcerária.

“Esta integração das forças policiais vai possibilitar este registro, com dados precisos, pois uma vez informados serão todos checados para evitar a inclusão de um nome falso dado pelo próprio preso, como já aconteceu, e com o trabalho realizado pelos peritos foi possível identificar, utilizando o banco de dados do Amazonas. Em relação aos presos de outros países, vamos checar junto ao Consulado e solicitar o envio de sua ficha de anuência para constatar a veracidade da informação, checar minuciosamente e assim evitar a inclusão de um registro falso”, detalhou.

Amadeu destacou ainda que este serviço vai ser realizado em parceria com os Institutos de Identificação de outros Estados, principalmente quando estiverem no processo de coleta dos dados biométricos dos presos ao informarem o seu local de nascimento, ou do local em que foi realizado o registro de identificação.

Segundo o diretor, desde a implantação do serviço de coleta de dados biométricos em operação em 2015, foi possível estabelecer um atendimento mais eficiente e, aos poucos, este sistema está também sendo integrado no interior, descentralizando o atendimento que antes era realizado somente na sede do Instituto, em Boa Vista, que sempre trabalhou recebendo a demanda de todos os municípios.

“Os ganhos com a implantação desta nova plataforma tem possibilitado agilizar a liberação de corpos, quando somos acionados pelo Instituto de Medicina Legal (IML) em tempo recorde. Ganhamos inclusive o reconhecimento nacional da Fenappi (Federação Nacional dos Peritos em Papiloscopia e Identificação), pelo trabalho que desenvolvemos no reconhecimento dos 33 presos que morreram na Pamc, em menos de 48 horas. Este investimento em tecnologias tem possibilitado esta expansão a outros municípios, além de ser possível estabelecermos esta parceria com a Sejuc no cadastramento por meio da identificação biométrica de todos os presos que integram o sistema carcerário”, disse.

CONCURSO – Amadeu ressaltou que o número de 14 peritos papiloscopistas é considerado insuficiente e não atende às demandas, e com a ampliação dos serviços é necessário a efetivação de novos profissionais. “A nossa expectativa é quando ocorrer o próximo concurso público, este número possa ser ampliado para 50. Temos uma série de ações programadas, desde a ampliação de nossos serviços para os demais municípios, auxílio na identificação de cadáveres e outras atividades, mas o número de servidores já está dentro do limite”, reforçou.

Ao comentar sobre a comemoração na próxima segunda-feira, 5, do Dia do Perito Papiloscopista, o diretor fez questão de mencionar que a classe em Roraima tem o devido reconhecimento nacional pelo trabalho eficiente e preciso que executa, com o investimento em tecnologia, além da atuação dos bons profissionais que integram o Instituto de Identificação de Roraima. (R.G)