Cotidiano

Indígenas vão se mobilizar por dois dias

Marcha dos Povos Indígenas será realizada nos dias 10 e 11 em Defesa da Educação Escolar Indígena do Estado

Os Povos Indígenas de Roraima realizam, na próxima semana, dias 10 e 11, uma mobilização em defesa da Educação Escolar Indígena do Estado. Os representantes das comunidades ocuparão a Praça do Centro Cívico, a partir das 6h, em alusão também ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado em 09 de agosto.

A decisão sobre a mobilização foi acertada no dia 30 de julho por representantes de organizações indígenas, entidades sociais e de instituições parceiras, que se reuniram na sede do Conselho Indígena de Roraima (CIR) para organizar a 4ª Marcha dos Povos Indígenas do Estado. Para a ocasião, está programado ainda uma Audiência Popular na Assembleia Legislativa de Roraima.

Segundo o presidente do CIR, Mário Nicácio, a expectativa é de estejam três mil indígenas no ato público. “É uma atividade para discutir a nossa cultura, por isso esperamos reunir o maior número possível de representantes”, disse.

Na pauta da mobilização, os indígenas pedem o atendimento de uma série de reivindicações com relação à saúde e educação nas comunidades. “Vamos dar um alerta sobre o que vem acontecendo. Estamos esquecidos por todos os poderes, sejam eles municipal, estadual ou federal”, afirmou.

Conforme a liderança, a mobilização deve se estender no dia 12 em Brasília (DF), onde os indígenas pretendem entregar documentos com as reivindicações a várias autoridades. “Será uma orientação que vamos apresentar a autoridades públicas para o governo”, destacou.

A educação nas comunidades indígenas será o tema principal a ser tratado durantes as manifestações. Segundo o coordenador da Organização dos Professores Indígenas de Roraima (Opirr), Misaque Antone, os índios irão protestar contra a falta de material escolar e merenda nas escolas. “É um contexto que não está sendo resolvido, não tem nenhuma proposta coerente para atender às nossas necessidades, por isso vamos nos mobilizar para tentar reverter essa situação”, frisou.

Os manifestantes pedirão ainda a inclusão da educação indígena no Plano Estadual de Educação. “Vamos decidir, no dia 11, em assembleia com nossos representantes, se também vamos deflagrar greve diante da situação que enfrentamos no Estado”, frisou. (L.G.C)