Política

Indígenas autorizam entrada da Funai para estudo ambiental na TI

Outra mudança anunciada pelo parlamentar seria o fato de a Eletronorte ser autorizada pelo Governo Federal para executar a obra

As lideranças indígenas Waimiri-Atroari autorizaram que as equipes da Fundação Nacional do Índio (Funai) entrem na TerraIndígena e iniciem o estudo do impacto ambiental que a construção de torres de energia pode causar na região. 

O presidente Nacional da Funai, general Franklimberg Ribeiro de Freitas, explicou os próximos passos que serão adotados para a execução da obra.“Nós temos que cumprir algumas etapas que estão previstas na portaria no 60/15. E uma delas é fazer o Plano Básico Ambiental (PBA), que é quando o empreendedor realmente entra na terra indígena para analisar os impactos, fazer o trabalho de topografia e definir onde as torres serão instaladas.

Nossa dificuldade anteriorera que nós não tínhamos autorização para entrar. Mas nos reunimos com os indígenas e apresentamos nossa proposta e agora tivemos uma resposta positiva, com a aprovação do nosso plano de trabalho”, afirmou.

A decisão da comunidade indígena foi divulgada pelo senador Romero Jucá (MDB) para a Folha.“Esse é um momento histórico para Roraima porque destrava o processo de construção de uma linha que vai garantir segurança energética e condições de desenvolvimento para o Estado. Cobramos e o resultado veio.”, afirmou o senador.Outra mudança anunciada pelo parlamentar seria o fato de a Eletronorte ser autorizada pelo Governo Federal para executar a obra.

Reunião aconteceu em setembro

O presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, se reuniu em setembro de 2017, na Terra Indígena Waimiri-Atroari, com 45 lideranças indígenas, representantes do Programa Waimiri-Atroari (PWA) e servidores da Funai para discutir a passagem da linha de transmissão que liga Manaus à Boa Vista pela TI.

A reunião teve como objetivo receber a autorização dos indígenas para que fosse feito um estudo do plano de trabalho, que resultará em um Plano Básico Ambiental (PBA). O cacique-geral Paruwe Mario pediu alternativas para diminuir o impacto ambiental do empreendimento.