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I Festival de Beach Handball reúne dez equipes e mais de 100 atletas

Um esporte emocionante, com jogadas cheias de efeito. Onde a estratégia de jogo pode mudar a história de uma partida. O Beach Handball, modalidade derivada do handebol tradicional, elevou a emoção do jogo, elevando os atletas a verdadeiros ‘artistas’ da bola.

Nesse final de semana, os boa-vistenses experimentaram pela segunda vez em 2018, a adrenalina das disputas de uma modalidade extremamente apaixonante. O I Festival de Beach Handball, promovido pela Liga Roraimense de Handebol, reuniu 10 equipes, sendo duas femininas, em uma competição cheia de emoção.

Na areia, o Beach Handball conserva algumas regras da modalidade tradicional de quadra. Mas as semelhanças param por aí. O grande atrativo são as pontuações diferenciadas, como gols em lances de penalidade, feitos marcados pelos goleiros ou com movimentos considerados “mais radicais”, quando os atletas se valem de criatividade, produzindo jogadas de efeito. Nesses casos, os gols valem 2 pontos.

E nas partidas desse domingo, 25, as equipes capricharam. Os atletas protagonizaram dezenas de jogadas espetaculares, contribuindo para o êxito de suas equipes na competição e para o show, que foi acompanhado pelo público na quadra de areia da Praça do Complexo Esportivo Ayrton Senna.

Entre os competidores, alguns ainda desconhecidos do grande público, porém, já se destacando nacionalmente. Com apenas 15 anos, Elenne Guedes é um dos expoentes da modalidade. Em 2017, defendeu Roraima nos Jogos Escolares da Juventude, destacando-se entre centenas de atletas.

O bom desempenho rendeu à roraimense, um convite para fazer parte da equipe do Mossoró Handebol Clube (MHC), uma das principais forças do handebol do nordeste. “Competições como essa proporcionam mais visibilidade para as meninas poderem mostrar seu talento. Eu tive a oportunidade de me destacar e hoje, jogando pelo MHC está sendo uma experiência muito boa. Estou aprendendo cada vez mais e sempre trazendo esses novos conhecimentos para Roraima”, disse Elenne.

Opinião compartilhada por Luadson Costa, que também participou do Festival. “Esse resgate vai fazer com que as novas gerações continuem conhecendo e se apaixonando pelo handebol. Essa oportunidade nos inspira muito. Como macuxi de raiz, a gente sempre que vai para competições fora, busca mostrar todo o talento e representar bem o Estado”.

Um dos grandes entusiastas da modalidade em Roraima, João Girotti, jogou por clubes paulistas nos últimos anos e retornou recentemente ao Estado. Desde então, colocou em prática o plano de movimentar a modalidade e os atletas roraimenses. O primeiro passo foi a criação da Liga Roraimense de Handebol, que iniciou suas atividades promovendo o festival.

“O nosso principal objetivo é colocar Roraima no cenário nacional do esporte. Há muito tempo a nossa federação está inativa e o reflexo é o pouco volume de jogos e competições e a Liga veio com intenção de revitalizar e levantar o handebol no Estado”, explicou.

Com propostas para jogar por clubes nacionais (o que pode acontecer o segundo semestre), Girotti não esconde o grande objetivo, agora como dirigente. “Minha intenção maior é jogar a Liga Nacional por uma equipe de Roraima. Esse é meu grande sonho como atleta”.

Quando questionado se acreditava ser possível realizar esse sonho, Girotti foi ousado. “É possível. Estamos trabalhando para isso. Meu grande sonho como atleta é ganhar um título pelo meu Estado”.