Política

Hospital de campanha do SUS vai atender refugiados em Pacaraima

A estrutura de um hospital de campanha do Ministério da Saúde será instalada temporariamente na sede do município de Pacaraima, fronteira do Brasil com a Venezuela, para atendimento aos refugiados em clínica pediátrica, ginecológica e obstétrica, além de campanha de multivacinação e prestação de serviços em educação e saúde. A informação foi dada pelo deputado federal Hiran Gonçalves (PP) em entrevista ao programa Agenda Parlamentar deste sábado na Rádio Folha AM 1020.

“A estrutura do hospital de campanha está montada agora nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, e com o término dos Jogos, o hospital será desmontado e deverá ser instalado temporariamente em Pacaraima ainda esta semana para dar atendimento e mais qualidade na atenção de saúde para aquelas pessoas saem da Venezuela em busca de melhor atendimento em Roraima”, disse.

Outro ponto destacado pelo deputado foi quanto ao pedido do deslocamento de uma ambulância para atendimento. “Falta uma ambulância adequada em Pacaraima e temos três ambulâncias que chegaram agora no Ministério da Saúde, que ainda estão sendo regularizadas. Vamos sugerir que uma delas seja disponibilizada para Pacaraima”, afirmou.

Além desse atendimento, Hiran informou que os poderes federal, estadual e municipal estão elaborando programação em conjunto para atendimento geral a população. “As ações serão integradas com as secretarias estaduais e municipais, de modo a levar atendimento de saúde, segurança e social”, disse, ressaltando a necessidade urgente de combater a prostituição de mulheres, que cresceu em Boa Vista nos últimos meses.

“Tem crescido esse tipo de atividade em Boa Vista, inclusive em área residencial e se percebe que são mulheres vindas de fora e que estão fazendo isso por necessidade absoluta”, comentou. “E o governo Federal tem que ajudar nosso Estado a enfrentar esses problemas com estratégia de atenção a estas pessoas que vem em busca de sobrevivência”, frisou.

ATIVIDADES – Durante três dias, a equipe da Força Nacional do Sistema Único de Saúde se reuniu com os secretários de saúde de Boa Vista e do Estado, além de fazer visita técnica nas unidades da rede de saúde. Em Pacaraima aconteceram reuniões com o prefeito e secretário de saúde e unidades médicas daquele município.

A comissão também teve a companhia de técnicos da Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deu apoio logístico para a missão. (R.R)   
 
Parlamentares acompanham visita do FN-SUS
 
Na sexta-feira, o deputado federal Hiran Gonçalves (PP) e a senadora Ângela Portela (PT) estiveram em Pacaraima e acompanharam a equipe da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS), que veio ao Estado a convite do parlamentar para fazer um levantamento sobre a problemática ocasionada pelos refugiados da Venezuela e elaborar um plano de atuação de saúde para atendimento médico e social, especificamente em Pacaraima.

“Os técnicos do Ministério da Saúde se reuniram com autoridades do Estado e dos municípios de Boa Vista e depois em Pacaraima para fazer um diagnóstico do impacto que essa imigração vem causando na saúde e em outros aspectos sociais”, disse Hiran.

A comissão é composta por dois técnicos da FN-SUS e dois do Distrito Sanitário Especial Indígena Leste de Roraima (DSEI/RR). “Esse relatório será apresentado ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, para que as providências sejam tomadas o quanto antes”, disse.

Ângela disse que acompanhou de perto a situação e mostrou-se preocupada com crianças e mães ocupando calçadas e praças, além de mulheres se prostituindo. Um documentário está sendo produzido para ser enviado ao Governo Federal. “Já solicitei, desde a semana passada, ao Ministério da Integração Nacional e ao Ministério da Justiça para tomem conhecimento dessa realidade em Boa Vista e em Pacaraima e agora fizemos um documentário para mostrar essa realidade e sensibilizar esses ministérios a tomarem uma ação mais efetiva e urgente, e vamos cobrar isso, pois se trata de uma questão humanitária”, disse. (R.R)