Política

Hiran não comparece a lançamento de pré-candidatura de Suely Campos

Parlamentar é presidente regional do PP e disse que se reserva ao direito de esperar

O presidente regional do Progressistas em Roraima, deputado federal Hiran Gonçalves, não participou do lançamento da pré-candidatura da governadora Suely Campos ao Governo de Roraima. O parlamentar está em Brasília e disse que tinha assuntos profissionais e pessoais pendentes no momento em que estava agendado o evento.

“Na minha opinião, nem precisava lançar a pré-candidatura, pois Suely era candidata natural do partido, mas a governadora achou por bem fazer um evento e respeito muito o posicionamento dos outros. Tinha assuntos familiares para resolver e não pude participar, mas está tudo certo”, disse em entrevista à Folha.

Em relação aos rumos eleitorais do partido nas eleições de 2018, Hiran afirmou que está tudo acontecendo como ele falou que aconteceria. “Nós falamos sempre que a governadora só não sairia candidata se não quisesse e ela resolveu sair pelo partido e foi oficializada, então ‘palavra dada, palavra cumprida’. Vamos tentar construir um ambiente para a governadora ter possibilidade de ganhar a eleição naturalmente e eu vou tentar construir também um bom palanque para minha campanha”, explicou.

Gonçalves afirmou ainda que não pretende deixar o Progressistas e declarou que continua presidente do Partido em Roraima. “Vou continuar no PP como presidente regional do partido e não se ventilou absolutamente nada disso, de uma possível saída. Eu sou vice-presidente nacional do Progressistas e faço parte da Executiva Nacional, onde tenho um ambiente muito bom nacionalmente de atuação no partido”, citou.

O parlamentar por Roraima contou que, inclusive, foi convidado para ser ministro, indicado pelas lideranças do Progressistas para ocupar uma pasta nesse final de mandato do presidente Michel Temer. “Mas eu não aceitei e estou muito tranquilo com a campanha que se aproxima. Eu quero fazer um trabalho com inteligência, articulando as alianças corretas e respeitando os espaços”, afirmou.

Sobre a definição das coligações na esfera proporcional, à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa, Hiran Gonçalves explicou que ainda não tem nada definido para os Progressistas. “Está todo mundo conversando com todo mundo. Nós temos tempo, pois pretendemos conversar até o final de julho e somente depois disso definirmos as nossas coligações, as nossas parcerias, e isso envolve muito trabalho a ser feito, trabalho de muito convencimento, muita conversa, avaliando o que é melhor para cada um, pois o que às vezes é melhor para mim, não é melhor para o outro e precisamos chegar a esse consenso, fazer essa sinergia de interesses. Isso demora, precisa de tempo e dá trabalho”, disse.

Para Gonçalves, o que importa é realmente ter um ambiente bom para a eleição 2018. “O que eu quero é que possa ter oportunidade de disputar com possibilidade igual uma vaga para deputado federal. Considero que mereço pelo trabalho que fiz. Por enquanto ainda não firmamos alianças que possam ser divulgadas e não tem nada concreto, a gente fica falando com um e outra hora fala com outro, você sabe como é isso, é muito imprevisível.

Quem tem mais condição de fazer uma coligação grande é o governo, pois o governo é grande e consegue abarcar um número maior de partidos. Mas não vejo nenhuma dificuldade em compor numa coligação independente da cabeça. Existem muitas variantes”, lembrou.

Quando questionado se subirá no palanque da governadora Suely Campos, Hiran Gonçalves se esquivou. “Em relação a palanque, eu acho que se você perguntar da maioria dos deputados, dos políticos, que de vez em quando tem uma posição para um lado, outra posição para o outro, é muito imprevisível, e ainda precisa ser muito analisado. Eu prefiro ainda não falar sobre esse assunto e me reservo o direito de esperar um pouco mais para confirmar meu posicionamento. Vamos ver como é que as coisas vão se acomodando”, concluiu.