Cotidiano

Governo pede que médicos venezuelanos sejam incluídos no Programa

Pedido foi feito durante a reunião com representantes do Governo Federal e da ONU (Organização das Nações Unidas)

Um pedido verbal da governadora Suely Campos, durante a reunião com representantes do Governo Federal e da ONU (Organização das Nações Unidas), esta semana, foi oficializado nesta quarta-feira, 20, e enviado o ministro da Saúde, Ricardo Barros: a inserção de médicos venezuelanos no Programa Mais Médicos, do Governo Federal.

No ofício enviado ao Ministério da Saúde, Suely Campos justificou o pedido com base “no efeito significativo da saúde pública como um todo, da imigração venezuelana para Roraima.

O Governo de Roraima vem atuando de forma consistente desde o ano passado, em ações que visam minimizar os impactos negativos da intensa imigraçãovenezuelana ante o sistema público local, seja nas áreas da saúde, educação, segurança pública ou assistência social”, observou Suely.

Quando explanou sobre o assunto durante a reunião esta semana, a chefe do Executivo Estadual explicou que o atendimento médico, principalmente aquele voltado aos venezuelanos em situação de vulnerabilidade, irá melhorar.

“Uma das principais dificuldades é com a língua, é entender a necessidade dos pacientes. Nem todos os nossosmédicos falam espanhol, por isso a importância de ter profissionais que possam compreender as necessidades deles”, acrescentou.

Conforme o coronel Doriedson Ribeiro, comandante geral do CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima), já existe um levantamento sobre os médicos venezuelanos que estão no Brasil.

“Eles podem atuar nas unidades de saúde de Roraima, principalmente, nos municípios de Boa Vista e Pacaraima, uma vez que esses foram os municípios em que se registrou um aumento exorbitante do público de venezuelanos atendidos nas unidades de saúde”, completou.

DEMANDAS – Entre os anos de 2014, com 636 atendimentos, e 2015, com 2442, foi registrado um aumento equivalente a 284% no número de venezuelanos atendidos nas unidades de saúde do Estado.

Em 2016, esse número aumentou ainda mais, quando foram registrados 5695 atendimentos, e até julho deste ano, a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) já registrou 5090 atendimentos a venezuelanos.

“Nosso principal objetivo é proteger a população, tanto brasileira quanto venezuelana, e evitar a proliferação de doenças infectocontagiosas, como sarampo e difteria, por exemplo, que circulam pela Venezuela, mas foram praticamente erradicadas no Brasil. E podemos fazer isso com a inserção desses imigrantes que possuem a qualificação profissional adequada para prestar um atendimento eficaz”, finalizou a governadora.